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Nota oficial: CNM/CUT solidariza-se com MTST

Presidente da Confederação considera que prisão de Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), é um ataque aos movimentos sociais.

Publicado: 17 Janeiro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Nota Oficial:

A prisão de Guilherme Boulos na manhã de hoje (17) é um claro ataque às garantias constitucionais de organização e de luta por direitos e melhores condições de vida para todos e todas.

Boulos foi preso quando, de maneira pacifica, buscava o diálogo para adiar ordem de reintegração de posse de dois terrenos na zona leste de São Paulo, ocupados por com mais de 3.000 pessoas de cerca de 700 famílias, que lutam pelo legitimo direito à moradia. É bom destacar que os terrenos estavam abandonados há mais de 40 anos. Segundo informações veiculadas na mídia, no passado a área, inclusive, servia como ponto de desova e local com ocorrência de estupros.

A desocupação foi feita de forma brutal pela Tropa de Choque da Polícia Militar, cumprindo ordem judicial que, de forma arbitrária, prendeu Boulos alegando que ele estaria incitando a violência.

A prisão do líder do MTST insere-se no capítulo do ataque à democracia que estamos vivendo, como foi o caso da invasão à sede regional do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em Diadema, da invasão da escola do MST em Guararema (SP), da prisão de lideranças sociais que vem acontecendo e da perseguição judicial a lideranças populares, tudo com o objetivo de sufocar a resistência contra o golpe que estamos vivendo no Brasil.

A Confederação nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) solidariza-se com as famílias que foram brutalmente retiradas dos terrenos aos quais davam destinação digna, com Guilherme Boulos, com o MTST e com os movimentos sociais que lutam pelo direito à moradia digna.

Não à repressão! Libertem Boulos!

Paulo Cayres
Presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT

 

Crédito: Jornalistas Livres
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