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Novelis inicia processo de venda de ativos

Publicado: 26 Abril, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A Novelis vai contratar um consultor para analisar a venda de ativos que não estão ligados às operações de laminação de alumínio no país. 'A venda pode ser uma excelente oportunidade financeira para a empresa e, assim, podemos alinhar as atividades brasileiras ao modelo de negócio mundial da empresa', afirmou ao Valor Antonio Tadeu Coelho Nardocci, presidente da Novelis do Brasil. A empresa não estipulou prazos - nem valores - para concluir a venda.

No início do mês, a companhia, com sede em Atlanta (EUA), informou a acionistas que estuda desfazer-se de uma usina de alumínio primário na Bahia e uma unidade integrada em Minas Gerais, além de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e participações acionários em hidrelétricas e na Petrocoque (empresa ligada à Petrobras). Assim, a Novelis ficaria apenas com as unidades de laminação em Pindamonhangaba (chapas e bobinas) e em Santo André (folhas), ambas em São Paulo.
De acordo com Nardocci, as discussões sobre a venda desses ativos começaram há dois meses. Entre os 13 países em que a Novelis mantém operações, apenas no Brasil manteve-se o suprimento próprio de alumínio primário. Caso sejam vendidas, as usinas permanecerão como fornecedoras da Novelis. 'Temos a intenção de fazer contratos de longo prazo', afirmou o executivo.

Os recursos obtidos com a venda dos ativos seriam utilizados sobretudo para abater dívidas. A Novelis foi criada no início de 2005 a partir da cisão das atividades de laminação da Alcan , por conta da fusão com a francesa Pechiney. Surgiu uma companhia com faturamento de US$ 6 bilhões anuais, mas com dívidas de US$ 2,9 bilhões. No ano passado, foram abatidos cerca de US$ 300 milhões. Em 2006, o objetivo é reduzir esses débitos em mais US$ 250 milhões. 'A meta agora é reduzir os custos dessa dívida'. A empresa só deverá divulgar seu balanço mundial no início de maio.

Segundo Nardocci, o dinheiro com a venda também poderá ser usado para ampliar e melhorar a produção, inclusive no Brasil. Por enquanto, a Coréia do Sul é o investimento mais recente da companhia: a unidade de Yeongju receberá US$ 30 milhões.

Fonte: Valor