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Organização e resistência garantem estabilidade de emprego até 2017 na Ford

Publicado: 27 Março, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Organização e resistência garantem estabilidade de emprego até 2017 na FordOrganização e resistência garantem estabilidade de emprego até 2017 na Ford
Trabalhadores aprovaram em assembleia acordo negociado pelo Sindicato do ABC

Os trabalhadores na Ford, em São Bernardo do Campo (SP), aprovaram nesta quinta-feira (26) em assembleia na fábrica, o acordo negociado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que garante estabilidade de emprego até 2017.

A proposta também estabelece a criação de mesa de negociação permanente para discutir a viabilidade de novos produtos e com isso garantir o fortalecimento da planta na cidade.

Além da garantia de emprego e da negociação de novos produtos, o acordo estabelece índices de rea­juste salarial para dois anos e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para três anos.

Para o presidente do Sindicato, Rafael Marques, o momento do setor automotivo no Brasil, que atra­vessa dificuldades com baixa produção, ameaça os empregos. “É uma vitória importante porque nos ajuda a atravessar este ano e o próximo, em que o mercado se encontra instável, conquistando garantias aos companheiros”, ressaltou.

Crédito: Adonis Guerra
Rafael Marques, Rafael Marques,
Para Rafael Marques, acordo favorece trabalhadores e a economia brasileira

“Acordos de longo prazo como este, favorecem a economia e são exemplos a serem seguidos por empresas e governos”, defendeu o presidente.

“Não é possível fazer previsões ou planejar o futuro se as regras são alteradas a todo momento, como é o caso do Finame. Mais uma vez, provamos que é possível encon­trar saídas para momentos de crise”, disse.

Para o presidente da Conferação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, a conquista é fruto da organização no local de trabalho (OLT) – bandeira histórica da CUT e seus sindicatos. " É fundamental para estreitar a ligação do trabalhador com o seu sindicato. Onde há OLT, o grau de sindicalização é maior. Com a atuação direta das entidades dentro das fábricas, como os Comitês Sindicais de Empresa, os trabalhadores entendem a importância de se associar aos sindicatos para fortalecê-los e, assim, garantir e avançar em direitos”.

Crédito: CNM/CUT
Paulo Cayres acredita que acordo Paulo Cayres acredita que acordo
Paulo Cayres acredita que acordo só foi possível graças a organização no local de trabalho

As negociações do Sindicato com a Ford come­çaram em novembro do ano passado e só foram concluídas nesta semana.

“Foram mais de 30 reuniões para chegar a este acordo e inúmeras conversas com todas as áreas”, contou o coordenador geral do Sistema Único de Representação, o Sistema Único de Representação (SUR), e do Comitê Sindical de Empresa (CSE), José Quixabeira de Anchieta, o Paraíba. “A mobilização no chão de fábrica foi fundamen­tal para avançarmos na proposta e concluirmos esse processo”, completou o coordenador.

Segundo o diretor executivo do Sindicato, Ale­xandre Colombo, o debate com os trabalhadores feito pelos representantes do SUR e do CSE foi de­terminante para o entendimento da proposta. “Com o acordo os metalúrgicos na Ford têm mais segurança para planejar a sua vida. Todos reconhe­ceram essa conquista”, destacou o diretor. “Por isso, tivemos essa aprovação em massa durante a assembleia. Estão todos de parabéns”, comemorou Colombo.

(Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos da CUT, com informações da assessoria de imprensa da CNM/CUT)

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