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Plenária da CUT defende palestinos e repudia genocídio praticado por Israel

Publicado: 29 Julho, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Dorival Elze
Delegados cutistas homenagearam vítimas do massacre israelenseDelegados cutistas homenagearam vítimas do massacre israelense
Delegados cutistas homenagearam vítimas do massacre praticado por Israel

Seraj Ayad Abed al-A’al, de 8 anos; Hussein Yousef Kawareh, de 13 anos; Bassim Salim Kawareh, de 10 anos e Mohammed Malki, de apenas 1 ano, foram alguns dos “terroristas” vítimas dos bombardeios israelenses homenageados com um minuto de silêncio pelos delegados e delegadas presentes ao ato de solidariedade à Palestina, realizado nesta terça-feira, em Guarulhos, durante a 14ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores. De forma simbólica, os nomes das crianças foram erguidos em cartazes que lembravam os mais de mil palestinos assassinados pelos bombardeios de aviões e tanques contra a Faixa de Gaza desde o reinício dos ataques.

“Estamos aqui nos posicionando contra essa política de genocídio, contra o extermínio do povo palestino, contra o assassinato deliberado de mulheres e crianças pelo Estado de Israel”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Membro da executiva nacional da CUT, Antonio Lisboa reiterou que “não há guerra, mas um massacre promovido pela quarta potência militar do planeta contra uma população indefesa”. “Há uma estratégia clara de extermínio de um povo”, denunciou Lisboa.

Crédito: Dorival Elze
Antonio Lisboa, João Felício, Vagner Freitas, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães e Maria Faria: pelo fim dos bombardeiosAntonio Lisboa, João Felício, Vagner Freitas, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães e Maria Faria: pelo fim dos bombardeios
Antonio Lisboa, João Felício, Vagner Freitas, Samuel Guimarães e Maria Faria: pelo fim dos bombardeios

Conforme o dirigente, este é o momento da CUT fortalecer a solidariedade, levando aos locais de trabalho e às ruas a campanha para que o Brasil se incorpore à campanha internacional por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra o Estado sionista. “Um brasileiro, Oswaldo Aranha, esteve à frente em 1948 da criação de Israel. Sempre defendemos o direito à existência de dois Estados, o que está sendo violado pela política implementada pelo primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu”, acrescentou.

Durante o ato de solidariedade foi distribuída a cartilha “A causa Palestina”, com informações sobre a origem do sionismo, a invasão e ocupação do território palestino, o nacionalismo árabe, a Guerra dos Seis Dias, a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), o muro do apartheid e a campanha do BDS.

“Esta cartilha é um importante instrumento para ser utilizado em nossos cursos de formação e pelos professores nas salas de aula como forma de contraposição à manipulação da mídia que, em defesa de Israel, coloca sua versão como se fosse a de mocinhos contra bandidos”, denunciou o presidente da Confederação Sindical Internacional, João Antonio Felício. A publicação cutista tem uma chave na capa, lembrou o dirigente, “como forma de protesto das famílias expulsas do seu pedaço de terra”. “Eles levam a chave das suas casas na esperança de que possam retornar um dia”, acrescentou.

Participando da mesa sobre conjuntura internacional, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães alertou que na imprensa há toda uma “mitologia” em defesa dos sionistas. “O Estado de Israel ocupa território palestino há quase 50 anos. Desde então, tal ocupação é condenada por unanimidade pela Assembleia Geral da ONU, com exceção dos Estados Unidos”, recordou. 

(Fonte: Leonardo Wexell Severo da CUT Nacional)