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Polícia reprime com violência protesto de metalúrgicos no Espírito Santo

Batalhão de Missões Especiais atacou trabalhadores com gás de pimenta e bala de borracha, para impedir assembleia na portaria da ArcelorMittal Tubarão.

Publicado: 06 Dezembro, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Batalhão investiu contra manifestação pacíficaBatalhão investiu contra manifestação pacífica
Batalhão investiu contra manifestação pacífica de trabalhadores

Na manhã desta sexta-feira (06), a polícia do Espírito Santo reprimiu com violência trabalhadores que chegavam ao Sindicato dos Metalúrgicos (Sindimetal-ES) para assembleia sobre a campanha salarial.

Os metalúrgicos que trabalham nas empresas prestadoras de serviço à ArcelorMittal Tubarão estão em greve desde o início da semana para pressionar o sindicato das indústrias metalúrgicas e de material elétrico do estado (Sindifer) a melhorar sua proposta para a renovação da convenção coletiva de trabalho. A data-base da categoria é 1º de novembro.

A sede do Sindimetal-ES fica em Serra, quase em frente à portaria da ArcelorMitall. Na manhã desta sexta-feira, os grevistas foram surpreendidos pelos policiais do Batalhão de Missões Especiais, que estavam na empresa.

Crédito: Divulgação
Polícia usou gás de pimenta e balas de borracha contra trabalhadoresPolícia usou gás de pimenta e balas de borracha contra trabalhadores
Polícia usou gás de pimenta e balas de borracha contra manifestantes


O BME passou a atacar trabalhadores com gás de pimenta e balas de borracha quando eles começaram a parar os ônibus das empresas para que todos os metalúrgicos participassem da assembleia convocada pelo Sindicato, para avaliar a continuidade da mobilização.

Mesmo diante do protesto pacífico dos manifestantes, a agressão policial continuou e os metalúrgicos foram obrigados a se dispersar, correndo para outras avenidas da cidade. Os policiais perseguiram os trabalhadores e, na avenida Norte Sul, mais uma vez avançaram contra os manifestantes. Metalúrgicos e trabalhadores de outras categorias, que estavam a caminho do trabalho, foram atingidos com o gás de pimenta. Alguns chegaram a passar mal.

Crédito: Divulgação
Trabalhadores passam mal com gás de pimentaTrabalhadores passam mal com gás de pimenta
Trabalhadores passam mal com gás de pimenta

Mas a truculência da polícia não intimidou os metalúrgicos, que voltaram para a frente do Sindicato. Mais tarde, após o BME deixar o local, a assembleia foi realizada e os trabalhadores decidiram continuar com o movimento. 

Indignação
O presidente do Sindimetal-ES, Roberto Pereira, ficou indignado com o despreparo da polícia capixaba: “É lamentável ver a polícia usando de violência para reprimir trabalhadores que estavam pacificamente lutando por melhorias. Em vez de estar protegendo a população, a polícia está aqui defendendo os interesses de empresas privadas. Infelizmente, isso é reflexo de um governo que não zela pela segurança dos cidadãos”.

Os trabalhadores querem por 8% de reajuste e vale alimentação/cesta básica de R$ 200,00. Eles reivindicam ainda a exclusão de cláusula da Convenção Coletiva, que garante às empresas contratadas a adoção do mesmo regime de turno que a contratante. Roberto Pereira explica que a cláusula fere o direito dos trabalhadores de poderem votar na escala que mais adequada ao perfil de cada empresa.

Os patrões ofereceram 7% de reajuste e R$ 180,00 de vale alimentação/cesta básica e não querem retirar a cláusula.

(Fonte: assessoria de imprensa Sindimetal-ES)