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Produção mineira de alumínio não atende à demanda

Indústrias já estão no limite de sua capacidade instalada

Publicado: 18 Maio, 2005 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A intensificação da produção de alumínio em Minas Gerais não está acompanhando o aumento da demanda pelo produto nos mercados interno e externo. As principais indústrias do setor, mesmo com investimentos em andamento, estão operando no limite de sua capacidade instalada. Enquanto o setor estima expansão da produção em 2,5% ao ano, o crescimento da demanda é de pelo menos 8% (800,5 mil toneladas), conforme a Associação Brasileira do Alumínio (Abal).

A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), controlada pelo Grupo Votorantim, hoje com duas unidades em Minas, já investe para suprir a demanda reprimida do mercado. A empresa vai investir US$ 30 milhões até 2006 em uma nova unidade de mineração em Miraí de Minas (região Sudeste) justamente para tentar atender à expansão da demanda de bauxita, matéria-prima utilizada na produção de alumínio. Além da instalação da unidade de extração, a CBA vai construir uma planta de beneficiamento.

Enquanto amplia a exploração, a CBA entregou neste mês a obra de ampliação de produção, de 240 mil toneladas de alumínio primário ao ano para 400 mil, parte de um projeto para atingir 500 mil toneladas/ano em 2007 na fábrica da companhia, localizada na cidade de Alumínio, em São Paulo.

Para isso, somando-se aos US$ 740 milhões já investidos, a empresa vai destinar mais US$ 300 milhões ao projeto ainda neste ano.

A expansão da unidade fabril engloba a implantação de 164 fornos, onde o alumínio é produzido. A unidade de laminação permitirá a ampliação da participação da companhia no mercado de transformados. Após a conclusão dos projetos, a CBA se posicionará como a única empresa da América Latina a produzir bobinas com até 14 toneladas e 2 metros de largura.

A Novellis (ex-Alcan), localizada em Ouro Preto (região Central), também está operando no máximo de sua capacidade instalada: são 51 mil toneladas/ano de alumínio primário. A empresa não tem como ampliar a sua exploração, porém investe para tentar ganhar produtividade. A assessoria de comunicação da empresa informou que o investimento de US$ 26 milhões, US$ 8 milhões somente neste ano, na torre de lavagem a seco é um passo para novos projetos.

Fonte: Diário do Comércio