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PSA Peugeot Citroën brasileira estuda importar aço

Publicado: 25 Maio, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O preço elevado do aço no mercado brasileiro obrigou o Grupo PSA Peugeot Citroën a estudar alternativa inédita em seus dez anos de atividade industrial no Brasil: comprar a matéria-prima no Exterior. Carlos Gomes, presidente da companhia para a América Latina, afirmou que a possibilidade está na mesa e a fábrica de Porto Real, RJ, pode vir a receber o insumo importado ainda neste ano: "No mercado asiático os preços estão bem atrativos".

Segundo o executivo em alguns casos o aço importado, dependendo da origem, chega com custo até 25% inferior ao vendido no mercado brasileiro, incluídos todos os custos de transporte e tributos. Para Gomes o Brasil "não é mais competitivo" – além da matéria-prima, o executivo cita custos com mão de obra, impostos e infraestrutura deficiente.

"Os custos sobem acima da inflação e o preço do automóvel não acompanha, tornando as fabricantes ainda menos competitivas. Nesse ritmo chegará um momento em que será melhor parar de produzir." O executivo, entretanto, salienta que hoje "ainda não é o caso".

O cenário atual, ao contrário, é de investimento: o Grupo começou a preparar o novo ciclo para a fase pós-2012, quando os € 700 milhões já confirmados para cumprir o atual cronograma não serão mais suficientes. Do montante sairão quinze novos modelos – os Peugeot Hoggar, Novo Partner, 3008 e 408 e os Citroën C3 Aircross e C3 Picasso já estão no mercado –, sendo que o Brasil será encarregado pela produção de veículos compactos e a Argentina pelos médios, em apenas duas plataformas.

Gomes afirmou ainda que os lapsos na competitividade nacional, no entanto, poderão mexer com os planos da PSA, embora admita que dificilmente este investimento futuro possa ficar fora do Mercosul: "Temos apenas o México como alternativa, apesar de não participarmos do mercado nos Estados Unidos".

O executivo também acredita que as restrições no comércio automotivo Brasil-Argentina deverão resolver-se rapidamente: "Existe clara vontade das duas partes em solucionar a questão".

Fonte: Autodata