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PSDB articula desembarque do governo para terça-feira (8)

Publicado: 01 Junho, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Deputados do PSDB pressionam a cúpula da legenda para decidir na terça-feira, primeiro dia do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a saída do partido da base aliada. A proposta vem dos “cabeças pretas”, ala mais jovem da bancada, mas também tem o apoio de deputados mais experientes, que avaliam não haver mais condição de a legenda continuar apoiando o governo, independentemente do resultado final do julgamento do TSE. A ideia é que o PSDB não espere a decisão da Corte para se posicionar.

De acordo com cálculos de tucanos, dos 46 deputados do partido, 27 são a favor de a legenda abandonar a base aliada de Temer e 12 estariam indecisos. Outros sete são contrários.

O grupo quer também buscar o apoio de senadores – cinco dos 11 teriam sinalizado ser a favor da saída. Além da votação, eles pressionam para que os ministros tucanos entreguem seus cargos.

As informações são de reportagem em O Estado de S. Paulo.

“No momento em que o partido decidir deliberar, sou a favor de entregar os cargos, mas manter a agenda de reformas”, defendeu o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE), um dos “cabeças pretas” que apoiam a deliberação na terça-feira. “Não podemos estar junto de um grupo que não busca o esclarecimentos dos fatos”, disse ele.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Ricardo Tripoli (SP), evitou falar em números, mas confirmou que a bancada tucana está dividida em três grupos. O primeiro é formado por aqueles que defendem desembarque imediato do governo Temer. O segundo quer que os quatro ministros do PSDB entreguem os cargos e que a legenda continue apoiando as principais medidas econômicas propostas pelo governo. O terceiro é composto por tucanos que desejam ficar no governo.

São Paulo. Área de influência do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o diretório estadual do PSDB paulista também discute o desembarque do governo Temer. O órgão marcou para a próxima segunda-feira, véspera do início do julgamento sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, uma reunião ampliada que deve terminar com um pedido para que o partido deixe cargos e entregue ministérios.

Essa pelo menos é a expectativa do deputado estadual Pedro Tobias, presidente da legenda. “Não podemos empurrar essa situação indefinidamente. O baixo clero precisa ser consultado”, disse ele ao Estado."

(Fonte: Brasil 247)