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Rede de trabalhadores na ArcelorMittal discute problemas vividos na empresa

Publicado: 17 Julho, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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Rede debateu criação de comitê de saúde na planta de João Molevade

Foi realizado ontem (16) o encontro de Rede dos Trabalhadores na ArcelorMittal no Brasil. O evento aconteceu na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem (MG) e teve o intuito de aprofundar o debate sobre os problemas enfrentados pelos metalúrgicos na multinacional.

Maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal tem 15 mil trabalhadores em 13 plantas produtivas no Brasil. Por isso, o grupo reiterou a disposição em batalhar pela unidade dos trabalhadores para a igualdade e a ampliação de direitos, com melhores salários e condições de trabalho. Outro ponto levantado foi a negociação da empresa com o sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade para a criação de um Comitê Local de Saúde e Segurança do Trabalho na planta instalada na cidade. Este será o primeiro Comitê do gênero em uma unidade da multinacional no Brasil.

Presente no encontro, o secretário geral e de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), João Cayres, acredita que a criação do novo Comitê será importante para a organização dos trabalhadores dentro da fábrica. “Além da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), o comitê seria mais um instrumento para contribuir com a prevenção de acidentes e com a saúde do trabalhador”, avaliou.

O encontro contou também com a presença do secretário de Organização da CNM/CUT, Ubirajara de Freitas, do presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais (FEM-CUT/MG), José Wagner, e do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem e Região, Geraldo Valgas. Participaram ainda representantes dos Sindicato de Metalúrgicos da CUT de João Molevade, Vespasiano e Juiz de Fora e do Sindicato de Osasco, ligado à Força Sindical. 

Para João Cayres, a organização dos trabalhadores é o melhor instrumento para a defesa dos seus próprios direitos. “Com união, mobilização e participação de todos podemos condições de trabalho dignas. É uma forma de fortalecer os laços de solidariedade e avançar nas negociações coletivas, que vem ganhando qualidade após a realização de vários encontros”, contou o secretário geral da CNM/CUT.

Já o secretário de Organização da Confederação, que é o dirigente responsável pelo acompanhamento das redes sindicais, disse que estes instrumentos contribuem para a luta em defesa do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho e também para a batalha pelo direito à organização no local de trabalho. "São duas reivindicações importantíssimas para lutar contra a desigualdade existente entre os trabalhadores de uma mesma empresa e também dos mesmos segmentos industriais", assinalou Ubirajara de Freitas.

No encontro, Marcelo Figueiredo, técnico da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) da Federação Estadual fez uma análise da conjuntura econômica do país e apresentou o perfil do ramo metalúrgico, dados do setor siderúrgico e informações sobre a multinacional. 

Com base nestas informações, os trabalhadores também discutiram as formas de negociação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e um plano de ação comum.

Segundo Wilton Gonçalves, secretário geral da FEM-CUT/MG e funcionário da Arcelor, o encontro foi oportuno para fortalecer as reivindicações de aumento de salário e mais direitos para a categoria em todo o estado, que está em campanha salarial. “A reunião foi um sucesso, principalmente, em relação às informações apresentadas pelos demais companheiros. Isso nos dá maiores argumentos para iniciarmos bem nossa campanha”, disse o dirigente.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações da Federação dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais)