Rio Grande (RS): 3.200 metalúrgicos perdem emprego no Estaleiro Ecovix
Demissões são resultado das irresponsáveis medidas do governo golpista, que privatiza operações da Petrobrás e quer enterrar a política de conteúdo nacional no segmebnto naval.
Publicado: 12 Dezembro, 2016 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
| Crédito: Divulgação |
Presente de Natal do governo: 3.200 demissões no estaleiro |
| "Presente de Natal" do governo: 3.200 demissões no estaleiro |
A irresponsabilidade do governo golpista e seu projeto “Ponte para o Futuro” estão deixando sem futuro mais 3.200 metalúrgicos e suas famílias. O Natal desse contingente de trabalhadores do segmento naval em Rio Grande (RS) será sem emprego, porque o Estaleiro da Ecovix anunciou que só continuará mantendo, a partir do dia 19, apenas 200 funcionários do setor de manutenção.
A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que fez uma assembleia no Estaleiro na manhã desta segunda-feira (12) para comunicar a dispensa em massa. Segundo o presidente da entidade, Benito Gonçalves, a Petrobras rompeu o contrato com a Ecovix para a construção de três cascos de plataforma, pagando multa. É com esse dinheiro que o estaleiro pagará as rescisões contratuais dos demitidos, uma vez que a empresa, inclusive, entrará com processo de recuperação judicial.
A Ecovix chegou a ter 12 mil funcionários em Rio Grande, por conta da política dos governos Lula e Dilma, de assegurar o conteúdo local para a indústria naval. “O golpe contra a democracia no Brasil atingiu em cheio os trabalhadores. A retirada do conteúdo local e a privatização das operações da Petrobras representam o fim da linha para o segmento, tem causado a demissão de milhares de trabalhadores em todo o país e impactos severos nas economias das cidades e regiões que abrigam os estaleiros”, assinalou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres.
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Metalúrgicos na assembleia realizada na manhã desta segunda |
| Metalúrgicos na assembleia realizada na manhã desta segunda |
"Acabaram com a gente. Estão acabando com o sonho do brasileiro. A única forma que tem de ser decente é ter trabalho e pagar as contas. Agora, nem isso", lamentou Benito Gonçalves.
Para Cayres, somente a resistência e a luta da classe trabalhadora e dos movimentos populares podem fazer com que o país retome o rumo do desenvolvimento com justiça social. “Este governo golpista não pode continuar destruindo o Brasil. Precisamos de um outro futuro e não o que Temer e sua turma – envolvidos até o pescoço com a lama da corrupção – querem nos impor”, destacou o presidente da CNM/CUT. “Só a luta nos garantirá”, reforçou.
(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)
