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No México, Seminário debate Segmento Automotivo na América Latina

Publicado: 14 Julho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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João Cayres (camisa vermelha) participou de diversas atividades no Méxino 

Entre os dias 08 e 09 de julho foi realizado o Seminário do Segmento Automotivo na América Latina, que reuniu representantes de trabalhadores da Argentina, Brasil, Colômbia, Chile e México.  O encontro, realizado na Cidade do México, teve o objetivo de trocar experiências sindicais, discutir a situação do segmento e articular ações conjuntas para a defesa dos interesses dos trabalhadores dos países participantes.

A reunião foi organizada pela IndustriALL, federação internacional que representa os trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis em todo o mundo, e contou com a presença do secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), João Cayres, e do diretor da CNM/CUT, Valdir Freire Dias, o Chalita.

Em sua intervenção, Cayres fez uma análise de conjuntura da atual situação política e econômica brasileira e criticou a mídia brasileira. "Existe uma persistência da oposição em dar um golpe para tirar Dilma Rousseff da presidência. Não querem denunciar a corrupção, mas sim inviabilizar economicamente o Brasil. Ao terminar esta “novela” da Petrobras, o Brasil irá retomar seu crescimento. A “crise” que estamos passando é muito mais política do que econômica”, afirmou.

De acordo com o secretário geral, os metalúrgicos das montadoras no México ganham salários baixíssimos, até 20% inferiores aos pagos na China, onde a remuneração já é bem baixa. "A ideia é que seja criada uma Federação de Sindicatos Independentes Mexicanos que realmente represente os trabalhadores. Atualmente, a Central de Trabalhadores Mexicanos (CTM) apenas controla os chamados “contratos de proteção”, que são dominados pelos empregadores e interfere diretamente nas eleições sindicais”, explicou Cayres. 

Outras atividades
Ainda no México, os dirigentes da Confederação também se reuniram com o secretário de Finanças do sindicato dos trabalhadores na indústria automotiva dos Estados Unidos - United Auto Workers (UAW) -, Gary Casteel. O encontro teve o intuito de intensificar o apoio dos brasileiros à luta pelo direito de sindicalização dos metalúrgicos estadunidenses.  “Nos EUA, a sindicalização só é permitida caso aprovada em plebiscito por 50% mais um dos trabalhadores de uma empresa. O detalhe é que os trabalhadores enfrentam a pressão de governantes conservadores e da empresa. Um exemplo desta prática é a planta da Volkswagen, localizada na cidade de Chattanooga, no Tennesse”, contou. 

No último dia 10, João Cayres também fez um debate com os alunos e professores do curso de Economia da Benemérita Universidad Autonoma de Puebla sobre o segmento automotivo e aeroespacial.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)