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Seminário discute segmento automotivo no Brasil, Argentina, México e Alemanha

Publicado: 25 Junho, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
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João Cayres (esq.) fez uma análise da conjuntura política no Brasil

Terminou nesta quinta-feira (25) o Seminário Internacional do Segmento Automotivo, que reuniu representantes de trabalhadores da Argentina, Brasil, México e Alemanha. O encontro, realizado em Frankfurt, Alemanha, começou na segunda-feira (22) e o objetivo foi o de, além da troca de experiências sindicais, discutir a situação do setor e articular ações conjuntas para a defesa dos interesses dos trabalhadores dos países participantes. Metalúrgicos de quatro bases cutistas representaram o Brasil no evento.

O evento foi organizado pelo IG Metall (Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha), com o apoio da IndustriALL, federação internacional que representa os trabalhadores metalúrgicos, químicos e têxteis em todo o mundo, e da Fundação Friedrich Ebert (FES).

Ao longo dos quatro dias do Seminário, foi discutida a conjuntura política dos países, as perspectivas de emprego para o setor, as medidas dos governos para fortalecer a indústria e as propostas sindicais para superar as dificuldades estruturais e culturais das nações. Além disso, o grupo debateu o papel das redes sindicais e projetos de cooperação entre os sindicatos dos metalúrgicos dos países envolvidos.

O secretário geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), João Cayres, esteve presente no encontro e foi o responsável por fazer a análise da conjuntura política no Brasil. “Tivemos um começo de ano complicado, com as mudanças propostas pelo governo no acesso ao seguro-desemprego e abono salarial. Mas o grande problema deste ajuste foi o método, já que o governo não conversou com as centrais sindicais. Mas agora temos pontos positivos como o caso da fórmula 85/95 [nova regra para aposentadorias] e conseguimos frear o projeto que libera a terceirização para atividades-fim”, disse.

Cayres também falou dos ataques da mídia brasileira à Petrobras. “O objetivo dos veículos de comunicação não é denunciar a corrupção, mas sim inviabilizar economicamente o país. E, infelizmente, estão conseguindo fazer isso porque muitas empresas que estão na base da Petrobras pararam de investir”, completou.

Crédito: Divulgação
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Metalúrgicos do Brasil, Argentina, México e Alemanha avaliaram o segmento automotivo em seus países

Já o secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SP), Leandro Soares, falou sobre o debate em torno do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) e do Programa de Renovação de Frota de Caminhões, que tem o objetivo de manter o mercado aquecido e garantir os empregos diretos e indiretos. “Estamos passando por dificuldades, mas a categoria propõe alternativas para este momento da economia brasileira. Estes programas são essenciais para fortalecer a indústria brasileira e para a manutenção dos postos de trabalho” contou.

“Mas não podemos deixar de apresentar os avanços do setor automobilístico, que se deu pela política do governo nos últimos 12 anos. Tivemos incentivos importantes, como por exemplo, redução do IPI, desoneração da folha de pagamento e expansão do crédito. Estas medidas foram suficientes para enfrentarmos a crise de 2008", completou Soares.


Também participaram do encontro os metalúrgicos de Sorocaba João de Moraes Farani e Alex Sandro Fogaça Camargo, de Taubaté (SP) Paulo Geronimo da Silva e Alessandro Lopes da Silva, do ABC (SP) Gerson Dias Pereira e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Henrique Gomes.

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT)