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Setor naval: metalúrgicos começam a debater pauta do contrato coletivo

Publicado: 04 Setembro, 2014 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Dirigentes debateram a realidade atual e os desafios futuros

Terminou nesta quinta-feira (4) o Seminário do Setor Naval, que reuniu lideranças metalúrgicas ligadas às principais centrais sindicais do país para debater a indústria naval brasileira e articular reivindicações comuns. O evento, promovido pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), em sua sede em São Bernardo do Campo (SP), teve início ontem (3), com a assinatura do termo de compromisso que garante a construção, no período de seis meses, do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho do Setor Naval.

O encontro reuniu dirigentes de bases onde a indústria naval está presente. Entre os sindicatos de metalúrgicos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT), participaram representantes de Niterói (RJ), Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande (RS) e Pernambuco. A Força Sindical foi representada pelo Sindicato de Itajaí (SC) e a Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), pelo Sindicato do Rio de Janeiro. 

No encontro, o coordenador do Setor Naval da CNM/CUT, Edson Rocha, enfatizou que o acordo só foi possível devido a retomada da indústria naval a partir de 2002. “Não podemos esquecer que os governos de Lula e Dilma foram essenciais no processo de mudança da nossa categoria. A Política Nacional de Fortalecimento do Setor Naval implementada pelo Lula estimulou os investimentos na produção de petróleo e gás”, ressaltou. “Tivemos a criação de 68 mil novos postos de trabalho nos últimos 14 anos”, lembrou o dirigente, que também é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e secretário de Administração e Finanças da Confederação.

Para Oscar da Cunha, de Itajaí, o encontro foi importante para integrar as entidades na luta pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. “A realidade que cada estado enfrenta é totalmente diferente. Para construir o acordo precisamos de conhecimento do dia a dia em diversas regiões do país. Só assim, podemos nos unir pela mesma causa”, disse.

Outro tema de destaque e uma das demandas mais urgentes do setor foi a necessidade de qualificação profissional dos trabalhadores no setor. “Precisamos debater a formação para o mercado de trabalho. Não adianta ter o diploma se o aluno não tem a prática. Além dos cursos do Senai, os sindicatos também deveriam fazer o papel de formador, pois nós, mais do que ninguém, sabemos o profissional que as empresas precisam”, argumentou Alex Ferreira dos Santos, presidente do Sindicato do Rio de Janeiro.

Ao final do encontro, o presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, agradeceu a presença dos sindicvatos ligados às três centrais e ofereceu apoio para organizar os próximos passos do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. “Todos podem contar com a minha participação e da assessoria da CNM/CUT para construir o contrato. Temos nossas centrais e ideais políticos, mas agora precisamos pensar no que for melhor para o trabalhador de norte a sul do país”, finalizou.

O próximo encontro para esboçar as cláusulas do acordo está marcado para o dia 29 de janeiro de 2015.

O encontro
A mesa de abertura do Seminário, que começou na manhã de ontem (03), contou a presença dos presidentes da CNM/CUT, Paulo Cayres, e do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval), Ariovaldo Santana da Rocha, o coordenador do Setor Naval da CNM/CUT, Edson Rocha, e Sérgio Novais, secretário de administração da Confederação Nacional dos Químicos da CUT (CNQ). 

Ao longo dos dois dias, os participantes debateram a situação atual da indústria naval e os desafios que os trabalhadores poderão enfrentar, tendo em vista os projetos dos candidatos à presidência.

Também houve uma palestra de Luiz Carlos Lombreiras, auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego, sobre a Norma Regulamentadora 34, que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção e reparação naval.

Os dirigentes também debateram a realidade atual do setor e as perspectivas futuras, a partir da palestra do vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval), Marcelo Carvalho.

(Fonte: Assessoria de Imprensa CNM/CUT)