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Siemens fatura R$ 6,6 bilhões no Brasil no ano fiscal de 2005

Publicado: 30 Novembro, 2005 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

São Paulo - Graças aos investimentos das operadoras brasileiras de telefonia, o segmento de telecomunicações e tecnologia da informação respondeu por 58% do faturamento da Siemens no Brasil no ano fiscal de 2005. As vendas da subsidiária foram recorde, atingindo R$ 6,6 bilhões, ou 18% a mais em comparação com o ano anterior. A meta da empresa para 2006 é manter o ritmo de crescimento " em dois dígitos ".

Enquanto os negócios em telecomunicações vão de vento em popa, a Siemens no Brasil vê patinar o desempenho da divisão de energia, departamento responsável por 15% das vendas no ano passado. Adilson Primo, presidente da companhia no país, reclamou dos fracos investimentos públicos no setor. " Sem investimentos novos em geração, o país corre um sério risco de falta de energia em 2009 ".

A maioria dos pedidos em geração e transmissão de energia foram encomendados por companhias.
A maior parte das encomendas feitas pelas empresas que participarão dos leilões de energia e de novas usinas só devem entrar em linha de produção na metade do ano que vem.

O impacto da venda da unidade de aparelhos celulares à BenQ em junho será compensado nos resultados financeiros da Siemens em até dois anos, afirmou Primo. A compensação deve vir, de acordo com o executivo, das parcerias finalizadas com a própria BenQ e com as aquisições de fabricantes de equipamento realizadas nos últimos doze meses.

" Estamos voltados cada vez mais à infra-estrutura, afastando-nos dos produtos de massa ", disse o presidente da Siemens, que deve passar a fornecer em conjunto com a BenQ infra-estrutura para o sistema CDMA de telefonia celular. No ano passado, as vendas de equipamentos celulares renderam à Siemens no Brasil R$ 1,5 bilhão.

O presidente da Siemens disse que a empresa já possui em carteira o equivalente a 40% das metas traçadas para o ano que vem.

As exportações tiveram crescimento de 71% e atingiram US$ 1,06 bilhão, graças às vendas de equipamentos de centrais telefônicas (PABX), equipamentos celulares e transformadores de energia.

A subsidiária brasileira foi escolhida pela matriz para ser o pólo de exportação das centrais telefônicas para todo o mundo. Apesar dos bons números, o presidente da Siemens mostra-se preocupado com a baixa cotação do dólar, que vem tirando a competitividade das fábricas brasileiras. " Em algumas ocasiões, é mais vantajoso comprar equipamentos lá fora e simplesmente montá-los aqui " , disse.

Fonte: Valor Econômico