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Em audiência com governo, sindicalistas pedem medidas para manter empregos no setor naval

Dirigentes se reuniram com o ministro Miguel Rossetto, na manhã desta terça (17), para discutir situação dos trabalhadores na indústria naval brasileira e pedem.

Publicado: 17 Março, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Em reunião, dirigentes sindicais Em reunião, dirigentes sindicais
Em reunião, dirigentes sindicais reafirmaram importância da política nacional de conteúdo

Na manhã desta terça-feira (17), dirigentes sindicais estiveram em reunião com o secretário Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto para discutir as demissões dos trabalhadores do setor naval em decorrência da queda das atividades da Petrobras provocada pelas denúncias da Operação Lava Jato. Na ocasião, os sindicalistas entregaram um documento oficial em defesa do Polo Naval e da Política Nacional de Conteúdo Local, buscando a continuidade dos contratos e a manutenção dos empregos na estatal (confira a íntegra aqui). 

Participaram do encontro o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da (CNM/CUT), Paulo Cayres, os presidentes dos Sindicatos dos Metalúrgicos de Niterói (RJ) e secretário de Administração e Finanças da CNM/CUT, Edson Rocha, de Pernambuco, Henrique Nascimento, e do Espírito Santo, Roberto Pereira de Souza. A reunião também contou com a presença dos presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, e do Sindicato dos Portuários de Rio Grande (RS), Rui Eduardo Fonseca. O assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República, José Lopes Feijóo, também participou da audiência.

De acordo com o presidente da CNM/CUT, o ministro Miguel Rossetto reafirmou que a Petrobras é um patrimônio nacional e que será mantido todo o investimento na área de petróleo. “O ministro reiterou que o Polo Naval será preservado conforme o anúncio feito pela presidenta Dilma Rousseff. Ele ainda salientou que o governo federal cumprirá os contratos firmados com as indústrias do setor naval. Além disso, demonstrou apoio à manutenção da política de conteúdo nacional”, afirmou.

Cayres também lembrou que o setor naval foi determinante para a retomada do desenvolvimento da indústria brasileira desde 2003. “As medidas tomadas nos governos de Lula e Dilma mostraram resultados positivos com o crescimento do emprego e em toda sua cadeia, fortalecendo o papel dos trabalhadores. E a Petrobras foi a empresa responsável pela retomada da indústria naval, a partir do crescimento do setor petrolífero”, disse.

Para Edson Rocha, os culpados pelos casos de corrupção apontados na Operação Lava Jato devem ser punidos, mas isso não pode servir de motivo para interromper as obras da Petrobras e causar demissões. “A Polícia Federal deve investigar e a Justiça punir os envolvidos em qualquer esquema de desvio de conduta, tanto na Petrobras quanto em qualquer instituição pública ou privada. Mas os trabalhadores não podem ser punidos por isso, com desemprego e não pagamento de salários. Não podemos deixar que nossa indústria naval brasileira retroceda”, ressaltou Rocha.

A CNM/CUT e os Sindicatos que têm na base empresas do setor naval deflagraram uma campanha em defesa dos empregos, dos direitos dos trabalhadores e da Petrobras, com manifestações públicas (leia aqui e aqui) e também encontros com a direção da Petrobras (aqui) e, agora, do governo.  

(Fonte: Assessoria de Imprensa CNM/CUT)