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Sindicato dos Metalúrgicos de Campo Largo (PR) filia-se à CNM/CUT

Entidade de base é a terceira no Paraná a se filiar à Confederação cutista. Decisão foi tomada pelo compromisso da CNM com a classe trabalhadora.

Publicado: 29 Outubro, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
Os dirigentes na solenidade de filiação Os dirigentes na solenidade de filiação
Os dirigentes na solenidade de filiação 

A base dos metalúrgicos da CUT acaba de ganhar novos companheiros e companheiras. Na manhã desta terça-feira (29), o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Montadoras de Veículos, Chassis e Motores de Campo Largo (PR) filiou-se formalmente à Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). Com isso, a entidade nacional da categoria passa a ter três sindicatos no Paraná (os outros dois são Ponta Grossa e Toledo).

A solenidade de filiação aconteceu na sede da CNM/CUT, em São Bernardo do Campo (SP). Os dirigentes de Campo Largo chegaram à cidade na véspera e conheceram a estrutura do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e também o modelo de organização no local de trabalho na planta da Ford.

Segundo o presidente do Sindicato paranaense, Adriano Carlesso, a decisão de filiar a entidade à CNM/CUT foi tomada especialmente por conta do forte trabalho de redes sindicais e da luta em defesa da real organização sindical nos locais de trabalho. “Nossa base tem apenas três empresas, que são multinacionais: Caterpillar, Fiat Motores e Metalsa. Para fortalecer as nossas lutas e romper o preconceito existente contra os sindicatos no Paraná, precisamos de um apoio forte e efetivo. E a CNM/CUT é a entidade nacional que vai estar com a gente nesta jornada”, afirmou Carlesso, contando que há 1.500 trabalhadores na base.

Crédito: CNM/CUT
A partir da esq., Denilson, Adriano, Paulão e Biro-BiroA partir da esq., Denilson, Adriano, Paulão e Biro-Biro
A partir da esq., Denilson, Adriano, Paulão e Biro-Biro durante a solenidade de posse


O Sindicato de Campo Largo é filiado à Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), mas não era ligado a nenhuma entidade nacional da categoria. “Havia duas opções [a outra era a confederação da Força Sindical] e optamos pela CNM por seu compromisso efetivo com as lutas dos metalúrgicos e dos trabalhadores. Temos certeza de que faremos um ótimo trabalho conjunto com a Confederação e os sindicatos de Ponta Grossa e Toledo”, destacou ainda o presidente do Sindicato.

Durante a solenidade de filiação, o presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT-SP, Valmir Marques, o Biro-Biro, saudou a decisão e colocou-se à disposição para contribuir com a construção de uma política para os trabalhadores do ramo naquele estado. Já o presidente da NCST do Paraná, Denilson Pestana da Costa, disse que a filiação do Sindicato à CNM vai potencializar a atuação dos diretores e globalizar a ação sindical. “O Sindicato sozinho vira presa fácil de práticas antissindicais das empresas”, avaliou.

O presidente da Confederação, Paulo Cayres, deu boas-vindas ao novo sindicato e colocou a estrutura da entidade nacional à disposição para contribuir com o aperfeiçoamento da formação dos dirigentes paranaenses e também para buscar melhores condições de salário e trabalho para os metalúrgicos de Campo Largo. “A diferença salarial ainda é grande. Enquanto um montador no ABC ganha R$ 4.400,00, no Paraná recebe R$ 1.600. Isso é um desafio que vamos enfrentar juntos”, garantiu Paulão.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ponta Grossa, Mauro Pereira, também esteve presente na solenidade e disse que a filiação da nova entidade é motivo de orgulho. “É a finalização de um processo iniciado há algum tempo e que fortalece a CNM no Paraná. Com certeza, estamos construindo uma alternativa efetiva para criar uma federação estadual de metalúrgicos da CUT no Estado”, afirmou, lembrando que, mesmo sendo da base de outra central sindical, a Comissão de Fábrica da Volvo, em Curitiba, não está alinhada àquela central. “Ela tem lado e é o nosso”, citou Mauro para exemplificar o apoio que a CNM/CUT começa a angariar no Estado.

Paulão, por sua vez, assinalou ainda que os metalúrgicos de Campo Largo estarão ao lado da CNM/CUT também nas lutas mais gerais convocadas pelas centrais sindicais, como a que reivindica o fim do fator previdenciário, cujo prazo estabelecido pelo governo para apresentar uma contraproposta encerra-se no próximo dia 12.

Além disso, o presidente da CNM/CUT reforçou também a importância do ano que vem no calendário dos trabalhadores: “Nos últimos 10 anos o país se transformou. Ainda temos muitas reivindicações a serem atendidas, mas precisamos lembrar que os outros projetos que vão disputar as eleições não dialogam com a classe trabalhadora. Por isso, os trabalhadores terão um grande desafio, que é o de garantir a continuidade do projeto iniciado há uma década”.

Oito dirigentes do Sindicato de Campo Largo estiveram presentes ao ato de filiação, que também foi acompanhado pelo secretário geral e de Relações Internacionais da CNM/CUT, João Cayres.

(Fonte: Solange do Espírito Santo – assessoria de imprensa da CNM/CUT)