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SKF com planos de dobrar a participação no Brasil

Publicado: 11 Julho, 2011 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A maioria das empresas globais descobriu os Brics – sigla para designar Brasil, Rússia, Índia e China – recentemente. Não é o caso da sueca SKF, que fabrica rolamentos para veículos e equipamentos industriais. Com faturamento de US$ 9,5 bilhões mundialmente, a companhia chegou por aqui em 1915. Em 1923, já estava presente nas outras três nações emergentes dos Brics.

Apesar de ter iniciado tão cedo suas operações no País, o mercado brasileiro representa ainda apenas 5% do seu faturamento, com vendas equivalentes a US$ 500 milhões. No entanto, isso deverá mudar. Na última semana de junho, os 14 membros do conselho de administração da SKF se reuniram, no Brasil, para discutir como dobrar essa participação até 10% da receita da companhia em 2015. “Queremos acelerar o nosso plano de desenvolvimento por aqui”, afirmou o escocês Tom Johnstone, presidente da empresa.

Os primeiros passos para atingir essa meta foram dados. Em setembro de 2011, a SKF começará a modificar o perfil de sua atuação local. A fábrica em Cajamar (SP) terá a sua capacidade de produção ampliada em 20%, consumindo investimentos de R$ 13,5 milhões. Por enquanto, a SKF fabrica apenas os rolamentos para veículos leves (utilizados em câmbios, rodas e direções), o que exige importar todo o resto do portfólio.
 
Já está decidido também que rolamentos para veículos pesados serão produzidos no Brasil. “Faz sentido investir na linha para caminhões”, diz José Rinaldo Caporal Filho, diretor da consultoria Megadealer Auto Management. “Essa indústria teve o maior crescimento da sua história em 2010 e continua bem neste ano.”
 
A SKF estuda também a fabricação de equipamentos industriais localmente. Trata-se de bombas e sistemas de lubrificação e vedação para máquinas para setores como papel e celulose, petróleo e bebidas. “Essa decisão é mais complexa, porque há um volume de demanda menor para cada item”, afirma Johnstone. Segundo o executivo, a empresa avalia quais itens irá produzir no Brasil e se construirá uma nova fábrica.
 
Presente em 130 países, a SKF pertence à multibilionária família Wallenberg, que detém também participações nas suecas Ericsson, Electrolux, ABB e AstraZeneca. “Por serem de um país pequeno, as suecas não podiam depender apenas do mercado interno e se lançaram ao exterior cedo”, diz Johnstone. Depois de quase 100 anos no Brasil, a companhia parece ter redescoberto o País.

Fonte: Istoé Dinheiro

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