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SKF prevê recuperação da demanda no País em 2006

Grupo sueco projeta receita de R$ 550 milhões para este ano, valor 10% superior ao de 2005

Publicado: 31 Janeiro, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

A fabricante de rolamentos SKF do Brasil, subsidiária do grupo sueco SKF, prevê a recuperação dos pedidos por rolamentos industriais dos segmento de agricultura e siderurgia, além de uma relativa reação na demanda da indústria de cimento, setores cujos pedidos ficaram aquém do esperado em 2005, disse o presidente da empresa, Donizete Santos.

O executivo aposta também na manutenção da demanda da indústria de papel e celulose, mineração, alimentos e bebidas, açúcar e álcool e petroquímica, que compraram, em média, 20% a mais em 2005 sobre 2004. Segundo Santos, a SKF do Brasil espera faturar R$ 550 milhões em 2006, montante 10% superior aos R$ 500 milhões previsto para 2005 - os números do ano passado não foram fechados.

Metade dessa receita foi conseguida com a venda de rolamentos industriais e a outra parte com o itens automotivos. 'Esperamos um impulso maior do governo às exportações', disse Santos, citando setores como de mineração, papel e celulose e siderurgia, tradicionais exportadores. Santos, que informou que a SKF do Brasil é a primeira em volume de vendas de rolamentos industriais no País, acredita que as vendas domésticas desses rolamentos deverão crescer 10% neste ano.

O executivo espera um aumento de 6% nas vendas internas ao setor automotivo. 'A produção para essa área já está toda comprometida', disse.

Expansão em Cajamar
Segundo o executivo, a matriz sueca decidirá até o final deste ano se inicia a nacionalização da produção de rolamentos industriais da subsidiária brasileira, em Cajamar (SP), que hoje produz somente peças automotivas. Atualmente, 100% dos rolamentos vendidos no País são importados.

'Depende do desempenho e do dinamismo da economia, com um câmbio mais favorável, juros menores. Depende da reversão desse quadro', disse Santos, informando que a capacidade instalada e o investimento necessário ainda não estão definidos.

As obras levariam 18 meses e a nova linha de produção, dedicada exclusivamente à produção de rolamentos indústrias, entraria em operação em 2008. A matriz sueca retardou o início das obras depois da valorização do real. 'Quando a decisão de se investir foi tomada, em meados de 2003, o cambio era de R$ 3,10. Não esperávamos uma queda tão brusca e em tão pouco tempo', explicou.
Caso a empresa inicie essa produção local, cerca de 30% deverá ser exportada, para EUA, União Européia, América do Sul, China e Índia.

Em outubro de 2005 a SKF investiu R$ 20 milhões para duplicar a área de sua fábrica, o que abriu espaço para a instalação de três novas linhas de produção. O primeiro módulo foi ocupado para a produção de rolamentos automotivos. De outubro a dezembro, a empresa forneceu rolamentos ao mercado interno, e a partir de janeiro, 100% dos itens têm como destino os EUA. 'A fábrica opera 24 horas por dia', disse.

A produção da SKF atingiu 11 milhões de peças em 2005. Em 2006 o executivo estima uma produção 27,27% maior, de 14 milhões de peças, usadas em veículos leves. Até 2005, cerca de 7% da produção de rolamentos industriais era exportada. Neste ano, Santos prevê que a empresa embarcará 20% dessa produção.

Fonte
: Gazeta Mercantil

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