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Sorocaba (SP): acordo com proteção contra a reforma encerra greve na Prysmian

Publicado: 21 Novembro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Após dois dias de greve, os metalúrgicos da Prysmian, fabricante de cabos em Sorocaba, voltaram ao trabalho no último domingo (19) depois que a empresa aceitou incluir um termo de proteção contra a reforma trabalhista no acordo coletivo deste ano.

A paralisação começou na manhã de sexta-feira (17). Após retomar as negociações com o Sindicato dos Metalúrgícos de Sorocaba no sábado, a empresa apresentou uma proposta que foi aceita pelos trabalhadores de todos os turnos no domingo, pondo fim imediato à greve.

Além de assinar o documento comprometendo-se a dialogar com o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba antes da implantação de qualquer mudança trabalhista, incluindo as novas leis da reforma e da terceirização, a Prysmian vai reajustar os salários e o vale compra dos funcionários.

Todas as cláusulas já existentes na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) serão renovadas, inclusive a garantia de estabilidade aos trabalhadores e trabalhadoras que tiverem sequelas de acidentes ou doenças ocupacionais.

O reajuste nos salários será de 2,5% retroativos a 1º de setembro (data-base da categoria). Portanto, superior à inflação do período, que foi de 1,73%, segundo o INPC/IBGE.

O vale compras será corrigido de R$ 140 para R$ 200 por mês (43%). O desconto do benefício no holerite será reduzido de 10% para 5%.

Os dias parados devido à greve não serão descontados dos salários.

Conquista coletiva
“Foi, sem dúvida, uma vitória da unidade dos trabalhadores da Prysmian. A empresa estava irredutível e não queria assinar nenhum compromisso que a impedisse de aplicar a reforma trabalhista, que entrou em vigor no último dia 11. Mas juntos vencemos a intransigência. E juntos vamos fiscalizar o cumprimento do acordo”, afirma Silvio Ferreira, secretário geral do SMetal.

A Prysmian tem duas fábricas em Sorocaba, no Éden e no Alto da Boa Vista, e emprega 700 metalúrgicos.

A fabricante de cabos instalada em Sorocaba é representada pelo sindicato patronal Sicetel, do Grupo 8-1 na Fiesp, que está emperrando a campanha salarial da categoria porque se recusa a assinar a CCT junto à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM).

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba)