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Sorocaba (SP): trabalhadores aprovam propostas de dois grupos e greve nos demais

Publicado: 17 Outubro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Foguinho / Imprensa SMetal
Novas tentativas de negociação serão feitas na próxima semanaNovas tentativas de negociação serão feitas na próxima semana
Novas tentativas de negociação serão feitas na próxima semana

Em assembleia da Campanha Salarial, realizada na noite da última quarta-feira (14), os trabalhadores ligados ao Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba aprovaram por unanimidade as propostas do Grupo 2 e da Estamparia. Já nos grupos 3, 8, 10 e Fundição o encaminhamento foi de greve a partir da próxima semana.

Os grupos 3, 8, 10 e Fundição já receberam o comunicado de greve tanto da Federação dos Metalúrgicos da CUT de São Paulo (FEM-CUT/SP). Na próxima semana, haverá novas tentativas de negociação, com a possibilidade de paralisação a qualquer momento.

De acordo com secretário geral da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino (Carpinha), a diretriz de negociação era não aceitar menos que o INPC, de 9,62%. Desse modo, no Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) a proposta aprovada foi de 6,62%, a partir de 1º de setembro, e mais 3% em fevereiro. Nesse grupo, ficou também garantido o INPC 2017 para férias, décimo terceiro e rescisão de contrato.

No caso da Estamparia, o reajuste vai ser de 6,5%, a partir de 1º de setembro, e mais 2,93% para fevereiro de 2017.

As propostas recusadas pelos trabalhadores não atingiram o INPC. No Grupo 3 (auto peças, forjaria e parafusos), o valor apresentado chegou a 8%, com data de 1º de setembro.

A proposta do Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários) foi apenas 6%, a partir de 1º de setembro. Já o Grupo 10 (lâmpadas, equipamento odontológicos, iluminação e material bélico) não apresentou nenhuma proposta econômica. Por outro lado, tentaram fazer um debate para retirada de direitos.

Na fundição, o valor apresentado foi de 5%, a ser aplicado em 1º de setembro, e mais 4%, em fevereiro. O setor garantiu que vai chegar no INPC, de 9,62%, mas até o momento não existe nenhuma proposta oficial.

Contra retirada de direitos
O secretário geral da FEM-CUT/SP, Adilson Faustino (Carpinha), falou da tentativa do setor patronal em avançar na retirada de direitos. "Vieram em todas as mesas de negociações tentando mudar alguma cláusula que traz benefício para o companheiro e para a companheira lá no local de trabalho". Ele completou que houve também um consenso em querer debater a cláusula mais importante da convenção coletiva: a garantia de estabilidade no emprego para o trabalhador que é vítima de acidente de trabalho ou doença ocupacional.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, Ademilson Terto, ressaltou que, nos grupos em que os acordos foram aceitos, outras pautas serão reivindicadas. "Nas empresas desses grupos em que a situação estiver melhor, nós vamos buscar algo além do 9,62%. Vamos batalhar por mais conquistas para os trabalhadores". Ele também salientou que, se não houver união e mobilização dos trabalhadores, o perigo é não conseguir nenhum reajuste e haver retrocesso nos direitos trabalhistas.

Aprovadas 
GRUPO 2 (máquinas e eletrônicos): 6,62% (1º de setembro) e 3% (fevereiro)
*ficou garantido também o INPC 2017 nos casos de férias, décimo terceiro e rescisão de contrato.

ESTAMPARIA: 6,5% (1º de setembro) e 2,93% (fevereiro)

Recusadas
GRUPO 3 (auto peças, forjaria e parafusos): 8% (1º de setembro).

GRUPO 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários e rodoviários): 6% (1º de setembro).

GRUPO 10 (lâmpadas, equipamento odontológicos, iluminação e material bélico): não apresentou nenhuma proposta econômica.

FUNDIÇÃO: 5% (1º de setembro) e 4% (fevereiro).

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba)