SP: Ativistas LGBT promovem ato contra a violência e em defesa de Lula

No mês em que se celebra a diversidade, ativistas do movimento LGBT lançam um manifesto ‘LGBTI+ Pela democracia e Pelo Direito de Viver', que denuncia o crescimento da violência contra gays, lésbicas, travestis e transexuais, pela memória de Marielle Franco, assinada no Rio de Janeiro, e em defesa da liberdade do ex-presidente Lula, mantido como preso político desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

O ato público será realizado neste domingo (27), com previsão de início às 14h, no Largo do Arouche, e conta com apoio de diversos movimentos sociais, de centrais sindicais, como o CUT, da juventude e partidos de esquerda.

A secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos da CUT, Jandyra Uehara, diz que a Central tem reforçado a luta em defesa do direito à diversidade no trabalho e a liberdade do ex-presidente Lula.

"Nos somamos à luta contra a precariedade do acesso aos direitos fundamentais pelas pessoas LGBTIs, contra a naturalização cotidiana de uma cidadania tolhida. Portanto, reforçamos a defesa do direito à diversidade no trabalho e na vida cotidiana", diz a dirigente.

No manifesto, os ativistas apontam os retrocessos nas políticas públicas como resultado da ascensão do conservadorismo e do agravamento da crise política no país.

“Sofremos em 2016 um golpe, que nos seus primeiros dias de vigência atacou diretamente a população LGBTI+ e as demais populações vulneráveis por conta da classe, da raça e do gênero, exterminando direitos de toda ordem e por consequência aprofundando o abismo social e econômico”, diz trecho do manifesto.

O resultado desse processo de desmonte é que em dois anos, o golpe também atingiu seriamente o combate à violência contra LGBTs - o Brasil é um dos países mais violentos do mundo para a população LGBT. Somente em 2017, foram 445 lésbicas, gays, travestis ou transexuais assassinados em razão da orientação sexual e identidade de gênero, de acordo com levantamento do GGB (Grupo Gay da Bahia) divulgado em janeiro deste ano.

Além de representantes de diversos movimentos que integram o ato unificado, participarão do lançamento do manifesto, neste domingo, a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, entre outros parlamentares e personalidades. O ato acontece a uma semana da maior Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que ocorre no próximo dia 03.

(Fonte: Walber Pinto, CUT Nacional)