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Superávit comercial pode chegar a US$ 15 bilhões

Publicado: 27 Novembro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

A perspectiva de a balança comercial (diferença entre exportações e importações) fechar o ano com superávit de US$ 15 bilhões é fato bastante relevante, apontou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro. Ele argumentou que essa perspectiva torna-se ainda mais importante diante do resultado registrado no ano passado, quando houve déficit de US$ 3,93 bilhões.

Segundo o ministro, superávit comercial significa menos pressão da necessidade de financiamento externo. "É graças a essa balança comercial que o déficit em conta corrente vai cair para 3,4%, o que significa dizer que o País terá todo esse déficit financiado com recursos de investimento direto. Nós não vamos queimar as reservas do Brasil para poder financiar o déficit. Portanto, eu considero esse superávit muito positivo", disse.

Para Armando Monteiro, se não fosse a queda dos preços das commodities brasileiras, o valor do superávit  seria ainda maior e alcançaria mais de US$ 35 bilhões. Ele acrescentou que a perspectiva para 2016 é chegar perto deste patamar mais elevado.

"Vou ficar nos US$ 15 bilhões [para 2015]. E todos analistas acham que no próximo ano podemos dobrar o superavit. Saímos de um déficit de US$ 4 bilhões para um superávit de US$ 15 bilhões ou US$ 16 bilhões. São US$ 20 bilhões [de diferença de um ano para o outro], em que você reduz a necessidade de financiamento do País", afirmou. O ministro lembrou que o comércio mundial passa por desaceleração e não cresce mais no ritmo anterior.

Armando Monteiro participou, nessa quinta-feira (26), de um encontro organizado pelo Instituto do Aço Brasil no Rio de Janeiro. Perante os empresários, disse que a exportação é uma das prioridades do Brasil no curto prazo. Segundo ele, é um caminho óbvio a partir da queda acentuada do mercado doméstico.

"Infelizmente o comércio exterior nunca foi uma prioridade verdadeiramente. Somos uma economia fechada, pouco integrada às redes de acordos internacionais e, portanto, tem um espaço imenso, desde que possamos reposicionar a política comercial, e que as empresas brasileiras possam colocar a questão das exportações no seu radar", disse.

Neste sábado (27) haverá uma reunião entre os ministros de comércio exterior da Europa,. Monteiro espera que seja retomada, depois de 15 anos, a troca de ofertas de produtos brasileiros com a União Europeia.

"Foi exatamente a emergência do Acordo Transpacífico que, a meu ver, torna, para a União Europeia, mais atrativa a perspectiva de firmar um acordo com o Mercosul, porque fortalece esse eixo de integração”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)