Taubaté (SP): Justiça pede dados financeiros da LG para nova audiência sobre demissões
Publicado: 27 Janeiro, 2016 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
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Audiência entre sindicato e LG no Tribunal Regional do Trabalho |
Audiência entre sindicato e LG no Tribunal Regional do Trabalho nesta terça-feira |
A Justiça do Trabalho determinou que a LG entregue, em até 48 horas, dados detalhados dos gastos totais com os trabalhadores da planta, em Taubaté, (SP), em outubro e novembro de 2015, antes das 453 demissões na unidade. As informações vão amparar um nova audiência de conciliação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e a multinacional, agendada para a próxima quinta-feira (28) às 14h no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas (SP).
A audiência desta terça-feira (26) no tribunal durou quase 2 horas terminou sem acordo. O Sindicato quer a reversão das dispensas e a LG vem alegando que a proposta é inviável. As demissões estão suspensas pela Justiça desde o mês passado. Não há prazo para decisão sobre o futuro dos metalúrgicos.
Nesta última audiência, o desembargador Samuel Hugo Lima, determinou que a empresa forneça os seguintes dados adicionais: informações sobre os gastos totais dos empregados em outubro e novembro de 2015 de forma discriminada, ou seja, conta por conta. O tribunal avalia a possibilidade da LG aderir ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz salários e jornada.
Antes, a empresa já havia fornecido informações financeiras - os dados são sigilosos e ficaram disponíveis apenas à direção do Sindicato, que representa os trabalhadores.
Sindicato
De acordo com o presidente do Sindicato, Hernani Lobato, o desembargador pediu que as partes levem propostas para tentar um acordo. "Nós já fizemos várias propostas, como a reversão total ou parcial das demissões, PPE, layoff [suspensão dos contratos de trabalho] e a LG negou. Cabe à empresa apresentar novas ideias de como resolver o problema. Se isso não acontecer, nós vamos para o julgamento", disse Lobato.
Empresa
A LG produz em Taubaté televisores, monitores e celulares. A unidade emprega cerca de 1,5 mil trabalhadores. A multinacional alega que a crise econômica provocou queda nas vendas do setor e atualmente utiliza apenas 30% de sua capacidade produtiva - o que justificaria a dispensa de cerca de um quarto do efetivo em dezembro de 2015.
(Fonte: G1)