MENU

Taxa de desemprego sobe e rendimento cai em São Paulo

Publicado: 26 Outubro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Depois de três meses de relativa estabilidade, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu em setembro, movimento incomum para o período, e atingiu 17,5%, ante 17,2% em agosto e 14,2% em setembro do ano passado. Segundo a Fundação Seade e o Dieese, que divulgaram a pesquisa ontem (25), o percentual corresponde a estimados 1,926 milhão de desempregados, 345 mil a mais em um ano, com crescimento de 21,8%. Os dados apontam menos gente à procura de trabalho, mas ainda assim a taxa aumentou pela eliminação de vagas. A renda caiu, nas duas comparações.

De agosto para setembro, 119 mil pessoas deixaram a população economicamente ativa (PEA), que se reduziu em 1,1%. Mas o mercado de trabalho eliminou 131 mil vagas (-1,4%), resultando em 12 mil desempregados a mais (0,6%).

Em relação a  a setembro de 2015, são menos 124 mil na PEA (-1,1%) e menos 469 mil postos de trabalho (-4,9%), com mais 345 mil desempregados (21,8%).

Ainda na comparação anual, todos os setores reduziram o nível de emprego. A indústria de transformação eliminou 154 mil (-10,5%) e o comércio/reparação de veículos, 214 mil (-12%). São menos 61 mil na construção (-9,1%) e 35 mil nos serviços (-0,6%).

A pesquisa segue mostrando tendência de redução da formalidade. O número de assalariados com carteira assinada no setor privado (4,922 milhões) caiu 1,2% no mês e 5,6% em um ano, com corte de 62 mil e 292 mil, respectivamente. Todas as áreas caem na comparação com setembro do ano passado. Ante agosto, o número de autônomos mostra ligeira alta, de 1%, com mais 15 mil.

No recorte por sub-regiões, a maior taxa é da leste, que inclui municípios como Guarulhos, Mogi das Cruzes e Arujá: 20,3%. A capital paulista tem taxa de 17,1%. O índice vai a 16,5% na oeste (Barueri, Osasco, Carapicuíba e outros) e a 16% na sudeste, que abrange o ABC.

Estimado em R$ 1.948, o rendimento médio dos ocupados caiu 2,2% de julho para agosto (nesse item, há defasagem de um mês). Em 12 meses, a queda é de 4,3%. A massa de rendimentos recuou 2,8% e 7,2%, respectivamente.

Outras regiões
Em outro locais onde a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) é aplicada, o resultado foi diverso. Houve leve alta na região metropolitana de Porto Alegre (11%) e relativa estabilidade em Salvador (25,5%), Fortaleza (13,2%) e no Distrito Federal (18,4%).

(Fonte: Rede Brasil Atual)