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“Todas as lutas sindicais e trabalhistas são lutas dos direitos humanos”, afirma Vannuchi

Em comemoração aos 25 anos da CNM/CUT, ex-ministro participou de debate com metalúrgicos de todo o país.

Publicado: 31 Março, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: CNM/CUT
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Vannuchi (em pé): "O sistema capitalista é incompatível com os direitos humanos"

"O sistema capitalista é incompatível com os direitos humanos. Enquanto uma pessoa vender sua força de trabalho para outra sempre haverá uma relação de dominação. Por isso, todas as lutas sindicais e trabalhistas são as lutas dos direitos humanos O ideal é proclamação de liberdade, igualdade e solidariedade”. A afirmação é do ex-ministro de Direitos Humanos dos governos Lula e Dilma, Paulo Vannuchi.

A palestra de direitos humanos e o sindicalismo faz parte das comemorações dos 25 anos da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). O encontro aconteceu na noite desta quinta-feira (30), na sede da entidade, em São Bernardo do Campo.

Ainda de acordo com ele, a maior luta de afirmação dos direitos humanos no Brasil foi a partir das iniciativas de políticas públicas do ex-presidente Lula.  “Ao assinar o Programa Nacional de Direitos Humanos 3, em 2009, Lula se comprometeu a fortalecer a democracia no que diz respeito à igualdade econômica e social. Ele combateu a fome, reduziu a pobreza, incluiu pobres nas universidades, além da política de valorização do salário mínimo”, disse.

Vanuchi, que também faz parte da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, lembrou da importância da Comissão para promover e defender os direitos humanos no Brasil. “No caso Maria da Pena, por exemplo, que foi agredida por seu marido, a Comissão pressionou o Estado Brasileiro para acelerar a punição do agressor, a apuração das razões para a morosidade do processo, além de iniciativas que ambicionassem o fim de comportamentos discriminatórios e violentos contra mulheres no país”, contou.

O ex-ministro também fez um retrospecto da Declaração dos direitos Humanos, adotada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 10 de dezembro de 1948, que determina que todos têm direito à vida, à liberdade, à educação, à saúde, à habitação, à propriedade, à participação política, ao lazer. “Este documento é um programa que a humanidade aprovou para caminhar em uma direção comum, mas os próprios seres humanos atacam constantemente estas normas.  Infelizmente, hoje as pessoas não nascem livres e iguais, mas sim presas a estrutura de dominação do capitalismo”, finalizou.

Crédito: CNM/CUT
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Presidêntes e ex-presidentes da CNM/CUT e da FEM-CUT/SP

Ao final do encontro, uma placa de comemoração aos 25 anos da CNM/CUT e da Federação dos Metalúrgicos de São Paulo (FEM-CUT/SP) foi descerrada pelos presidentes da CNM/CUT, Paulo Cayres, e da FEM-CUT/SP, Luiz Carlos da Silva Dias, com a participação dos ex-presidentes da CNM, Carlos Grana e Heiguiberto Guiba Della Bella Navarro, o Guiba e do ex-presidente da Federação, Valmir Marques da Silva, o Biro Biro. 

(Fonte: assessoria de imprensa da CNM/CUT)