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Trabalhadores protestam contra Nissan no Salão do Automóvel de São Paulo

Manifestação alertou consumidores das práticas antissindicais e condições de trabalho precárias na planta da montadora do Mississipi, nos Estados Unidos.

Publicado: 11 Novembro, 2016 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Luis Simione
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Trabalhadores protestaram na abertura do Salão do Automóvel

Na abertura do Salão do Automóvel 2016 nesta quinta-feira (10), metalúrgicos de todo país participaram do protesto contra as práticas antissindicais e condições de trabalho precárias na Nissan do Mississipi, nos Estados Unidos. O protesto foi pacífico e reuniu um grupo de 150 pessoas que usaram uma camiseta preta com os dizeres "A Nissan Joga Sujo". 

O protesto foi organizado pela UAW (United Auto Workeres), o sindicato dos metalúrgicos dos Estados Unidos, com apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT). 

Os trabalhadores fizeram um abraço coletivo ao redor do estande da montadora e também percorreram o corredor principal da feira. Vestidos com camisetas com a mensagem “A Nissan joga sujo”, chamaram a atenção dos visitantes da feira para a situação dostrabalhadores norte-americanos, que são intimidados, ameaçados e proibidos de serem sindicalizados. Na edição de 2014 do Salão, também  houve protesto pacífico no estande da Nissan para divulgar as condições de trabalho nos Estados Unidos. 

“A solidariedade é fundamental para enfrentar e resistir aos ataques neste momento em que os ultraconservadores tentam retirar direitos dos trabalhadores no mundo”, destacou o coordenador do Coletivo de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, (CNM/CUT), Maicon Michel. “Por isso é necessário uma ação global unificada em defesa da classe trabalhadora. Sem o direito a sindicalização, não podem reivindicar melhores salários nem condições de trabalho, que nessa planta já é muito precária”, prosseguiu. 

Trabalham na planta da Nissan no Mississipi cerca de seis mil trabalhadores, sendo que aproximadamente 50% são terceirizados e temporários. 

(Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT, com informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)