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Trabalhadores protestam na Europa contra demissões na Airbus

Publicado: 16 Março, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Boeing realizou reestruturação semelhante há quatro anos

Cerca de 1.000 funcionários franceses da montadora aeronáutica européia Airbus se reuniram nesta sexta-feira (16) pela manhã diante da sede da companhia em Toulouse, no sudoeste da França, para protestar contra o plano de reestruturação que prevê 10 mil demissões na Europa. Ao meio-dia, as ruas estavam tomadas por trabalhadores indignados em vários pontos do continente europeu onde a empresa possui fábricas.

Jean-François Knepper, delegado da Força Operária, sindicato majoritário nesta fábrica da Airbus acredita que milhares de manifestantes participarão do protesto por estas medidas anunciadas pela empresa.

'A direção terá que nos escutar', explicou.

As dez mil demissões foram anunciadas por causa dos prejuízos de 2006. Para a reestruturação da Airbus foram anunciadas 4.300 demissões na França, 3.700 na Alemanha, 1600 no Reino Unido, 400 na Espanha e o fim de acordos com prestadores de serviço e cederá ou venderá seis fábricas na Europa.

Com estas medidas, a empresa pretende seguir sua rival americana Boeing, que realizou uma reestruturação semelhante há quatro anos, para atenuar perdas e racionalizar sua produção.

Na Alemanha, os protestos reuniram cerca de 10 mil pessoas. A movimentação maior foi em Hamburgo, na sede da companhia, onde houve um encontro entre manifestantes oriundos de outras cinco fábricas da construtora de aviões. Entre gritos e faixas, duas mil pessoas formaram uma corrente humana ao redor de uma fábrica, em Laupheim, que será vendida.

Na Espanha, o mesmo quadro. Fábricas cercadas e ruas tomadas por trabalhadores da companhia foram vistas em Madri, Cádiz e Toledo. No país, onde o consórcio de aeronáutica e defesa EADS, ao qual pertence a Airbus, conta com sete centros de produção, os dois principais sindicatos (CC.OO e UGT) convocaram os 9.000 empregados para uma manifestação contra a fábrica Power8 nas entradas de seus estabelecimentos.

Fonte: Exame e G1