Trabalhadores têm voz ativa no Fórum Global da Rolls-Royce
Publicado: 22 Março, 2013 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
Eleito no ano passado como porta-voz mundial dos trabalhadores na Rolls-Royce, o coordenador do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na fábrica em São Bernardo, Rogério Fernandes, o Rogerinho, comandou pela primeira vez o Fórum Internacional dos Representantes Sindicais na empresa.
Companheiros nas plantas da Rolls-Royce na Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, Finlândia, Canadá, Noruega, Itália, Polônia, Suécia, França e Brasil se reuniram nos dias 19 e 20 de março, em Londres, para debater os rumos das fábricas.
Questionamentos
Segundo Rogerinho, o encontro anual serve para ampliar o diálogo dos trabalhadores com a direção da empresa. Além dos sindicalistas, diretores da matriz e o diretor mundial de recursos humanos da fábrica participaram dos debates.
“A ideia é fazer com que a empresa consulte mais os trabalhadores, já que somos nós que conhecemos melhor o processo produtivo na prática”, explicou o dirigente.
“Enquanto a Rolls-Royce apresenta sua avaliação sobre a situação da fábrica pelo mundo, nós mostramos os principais questionamentos da companheirada”, contou.
Encontro é remédio contra a crise
Rogerinho avalia que a existência de espaços como o Fórum Global da Rolls-Royce são exemplos de como superar a crise econômica mundial e que eles precisam ser permanentes.
“Estive em outro evento, na Suíça, na sede da Organização Mundial de Trabalho (OIT) que discutiu a crise da aviação civil no mundo e o Fórum na Rolls-Royce foi citado como um caminho positivo para a crise, por causa do diálogo que ele mantém entre empresa e trabalhador”, disse.
Ele também enfatizou o papel das negociações no desenvolvimento da indústria no Brasil e que esse é o momento para se investir mais no País.
“Experiências como o Arranjo Produtivo Local, o APL, da área de defesa, que também une trabalhadores, empresários e governo, são fundamentais para manter o nosso País longe da crise lá fora e trazer mais oportunidades de emprego e crescimento econômico”, finalizou Rogerinho.
(Fonte: Imprensa SMABC)
