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Usiminas faz contrato de US$ 100 mi para térmica

Publicado: 08 Fevereiro, 2006 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Para garantir metade da energia que consome, a Usiminas acaba de fechar contrato de instalação de uma termelétrica em sua usina em Ipatinga (MG). O investimento é de US$ 100 milhões e a Camargo Corrêa Comércio e Construções, do grupo Camargo Corrêa, venceu a concorrência internacional para fazer a obra, que levará 26 meses. A Camargo competiu com a japonesa Mitsubishi e a francesa Alstom.

O presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, disse que a térmica será 100% financiada por três bancos japoneses - o Japan Bank for International Cooperation (JBIC), com 60% do valor, Mizuho Corporation Bank e The Bank of Tokyo, responsáveis pelos 40% restantes. O prazo de pagamento é de 10 anos, sendo três de carência.

Segundo o executivo, desde a década de 80 a Usiminas viu a importância da energia para a empresa. Decidiu investir em geração própria, aproveitando materiais expelidos por suas instalações, os gases gerados em seus altos-fornos, coquerias e aciarias.

'Vamos passar de 25% para 53% de geração própria e pular de 89% para 99% na recuperação do gases expelidos na usina', afirmou Soares. São duas novas turbinas, com potência de 30 MW cada. Com isso, a geração somará potência de 120 MW. A Camargo Corrêa terá como parceiros a Siemens, que fornecerá o turbogerador, e a Slovenske Energetiché Strojárne (SES), para as caldeiras. A Usiminas Mecânica, controlada da Usiminas, foi contratada para fazer a montagem.

Na linha de investimentos, a termelétrica é o segundo de um grupo de três anunciados há algum tempo pela Usiminas. Em 2005, foi a nova máquina de lingotamento contínuo de placas da Cosipa, situada em Cubatão (SP). O valor foi também de US$ 100 milhões.

Em fase de obtenção de licenciamento ambiental encontra-se o projeto de nova coqueria, para 500 mil toneladas, em Ipatinga. Orçado em US$ 200 milhões, a obra garante auto-suficiência de coque à Usiminas. Já passou pela fase de propostas de fornecedores de equipamentos, que teve participação de fabricantes chineses.

Soares mencionou também a 'nova onda' de projetos anunciada em dezembro, para duas etapas. A primeira (2006 a 2010) já foi lançada, com o início da especificação dos equipamentos. Avaliada em US$ 1,5 bilhão, envolverá investimentos em melhorias, enobrecimento de produtos, expansão na oferta de chapas grossas, novo laminador de tiras a quente (até 4 milhões de toneladas) e produção de mais 500 mil toneladas de aço nas usinas de Ipatinga e Cubatão.

'Com isso, vamos substituir exportação de placas da Cosipa e manter nossa participação no mercado interno, que foi de 53% no ano passado', afirmou Soares.

Fonte
: Valor