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Vice-presidente da Câmara diz que Previdência tem 160 votos, no máximo

Publicado: 07 Dezembro, 2017 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) mostra visão muito mais pessimista que seus colegas governistas sobre o apoio à reforma da Previdência. Para ele, há apenas 160 votos a favor do projeto – são necessários 308 para aprová-lo em plenário. Segundo Ramalho, 80 que são convictos a favor da reforma. E outros 80 que, pelos arranjos políticos, topam apoiar o projeto. Os demais não votam", afirmou ao jornal Valor Econômico.

Para o pemedebista, as contas do governo não são realistas. “Eu recebo todos no meu gabinete, lá eles abrem o coração", disse Ramalho, conhecido por abrir seu gabinete para refeições dos colegas. Ramalho é contrário à reforma da Previdência que, segundo ele, foi mal comunicada pelo governo desde o começo da proposta.

O deputado federal Mauro Mariani, presidente do PMDB em Santa Catarina, afirmou que votará contra o fechamento de questão a favor da reforma da Previdência. Ele garante que votará contra o projeto mesmo que o partido feche questão sobre o tema – Mariani é pré-candidato da sigla ao governo do Estado de SC.

Apesar  da pressão do Planalto sobre a Câmara, ainda não há certeza sequer da votação da medida. A proposta estava estacionada em comissão da Câmara desde maio, quando surgiram acusações contra Temer. O próprio Temer admitiu, no início de novembro, que a reforma previdenciária poderia sair derrotada. A declaração foi entendida como derrota por empresários e investidores, interessados em sua aprovação.

Para reverter o quadro, o Planalto iniciou as negociações com a Câmara imediatamente após o "deslize" de Ramalho. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, passou a ser um dos principais porta-vozes das conversações, mas vem reiterando que não há voto para a aprovação. Até agora, apenas o PTB, com 16 deputados, anunciou uma determinação de voto para a bancada.

(Fonte: Brasil 247)