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Vitória dos trabalhadores na Gerdau. Negociação avança e greve chega ao fim

Primeira paralisação na Gerdau do Espírito Santo durou três dias e foi encerrada com a conquista de aumento real de 2,5% e abono de R$ 2.500.

Publicado: 12 Novembro, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo
Greve GerdauGreve Gerdau
 


Os trabalhadores na Gerdau do Espírito Santo conquistaram uma importante vitória. Depois de uma greve que começou na última quarta-feira (6) reivindicando aumento salarial decente, os metalúrgicos aprovaram, na manhã desta segunda (11), a contraproposta patronal e resolveram encerrar o movimento.

Com a greve, os metalúrgicos pressionaram a empresa que acabou avançando na proposta do Acordo Coletivo de Trabalho e ofereceu ganho real de 2,5% (+ 4,49% de INPC), abono salarial de R$ 2.500,00 e piso salarial de R$ 1.120,00. Os dias parados não serão descontados dos salários. A proposta original era apenas repor a inflação nos salários e dar abono de R$ 1.800.

O avanço nas negociações representa uma vitória dos trabalhadores, que pela primeira vez cruzaram os braços contra a intransigência patronal.

A empresa insistia em argumentar que não dispunha de recursos para atender a reivindicação de aumento real de 3%. Mas, segundo anunciou a agência de notícias Reuters, só no terceiro trimestre deste ano, a Gerdau teve um lucro de 57%, o que revoltou ainda mais os trabalhadores, já que foram eles os responsáveis por todo esse lucro.

A greve dia a dia
No primeiro dia de greve os trabalhadores, junto com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo, fecharam a pista que dá acesso ao Porto de Praia Mole, principal terminal de transporte marítimo do Espírito Santo, onde acontece o escoamento da produção de grandes empresas como ArcelorMittal, Usiminas e a própria Gerdau.
A pista ficou fechada por aproximadamente uma hora. 

No dia seguinte (7), o Sindimetal-ES se reuniu com representantes da Gerdau para uma nova negociação. Na ocasião, a empresa se manteve irredutível e disse que não daria ganho real aos trabalhadores, oferecendo apenas R$ 2 mil de abono.

Essa proposta foi levada à assembleia na manhã do dia 8 e, mais uma vez, foi reprovada pelos trabalhadores que continuaram com a greve, que seguiu até a aprovação da contraproposta aprovada nesta segunda.

(Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo)