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13º salário dos Metalúrgicos do ABC injeta R$ 404,4 milhões na economia da região

Valor total injetado no Grande ABC, quando incluindo os demais setores da economia, é de R$ 3,2 bilhões

Publicado: 19 Novembro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: agência brasil
Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo do CampoRua Marechal Deodoro, em São Bernardo do Campo
Rua Marechal Deodoro, em São Bernardo do Campo

Os pagamentos do 13º salário dos trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) vão injetar R$ 404,4 milhões em recursos na economia da região, neste ano. Os dados são da estimativa elaborada pela Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e levam em consideração os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Novo CAGED) e da Previdência Social, todos originários do Ministério da Economia.

Composta por 68.504 mil metalúrgicos, com vínculo ativo nas indústrias de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, e rendimento médio mensal de R$ 5.903,00, a base tem forte influência na economia local. Os trabalhadores representam 5,5 % da mão de obra da região que receberá o benefício no final do ano, mas participam com 13% dos recursos totais a serem pagos. Comparados aos demais trabalhadores formais da região, os metalúrgicos detêm 9,4% dos empregos, mas respondem por 17,7% do montante pago. 

Para o diretor-executivo do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, os números mostram a relevância e resistência dessa categoria. "São números expressivos, ainda que a base sindical tenha sido duramente afetada com o fechamento da unidade da Ford em São Bernardo", comenta o dirigente, lembrando que a saída da montadora, embora tenha sido formalizada em 2019, continuou afetando os registros de desligamentos nas estatísticas do mercado de trabalho deste ano

A subseção do Dieese também estimou o valor total em recursos do 13º salário destinados à região do Grande ABC pelos diversos setores da economia – um montante de R$ 3,2 bilhões. Desta soma, R$ 2,3 bilhões são pagos aos trabalhadores com carteira de trabalho assinada e R$ 932,2 milhões aos beneficiários da Previdência Social, na condição de aposentados e pensionistas. 

Ao todo, 1,228 milhão de pessoas recebem o benefício na região, sendo 729,7 mil trabalhadores formais e 498,5 mil beneficiários da Previdência Social. A estimativa não inclui valores recebidos por assalariados sem registro em carteira, autônomos ou outros trabalhadores com formas distintas de inserção no mercado de trabalho que, ocasionalmente, recebem algum tipo de abono de final de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses rendimentos. 

Municípios – de acordo com o levantamento, as cidades de São Bernardo, Santo André, São Caetano do Sul e Diadema participam com 88,1% dos recursos a serem pagos aos trabalhadores formais, aposentados e pensionistas.  Na outra ponta, os municípios de Ribeirão Pires (40,7%), Rio Grande da Serra (39,9%) e Mauá (36,5%) são aqueles em que a parcela dos benefícios do INSS tem os maiores pesos relativos no total de 13º salários pagos no local, isto é, os recursos previdenciários representam mais de um terço da monta.

Brasil - O Grande ABC é responsável por cerca de 1,5% de todo 13º Salário pago no país, estimado em R$ 215,6 bilhões para 2020, de acordo com o levantamento do DIEESE. 

*Matéria enviada pela Ascom do SMABC