A saída da crise é coletiva
Escrito pela Secretária de Mulheres da CNM/CUT, Marli Melo do Nascimento
Crédito: Divulgação |
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mulheres unidas |
A crise do Coronavírus aprofundou problemas estruturais já existentes no Brasil e no mundo. As economias foram profundamente afetadas evidenciando as desigualdades de raça e gênero. A pandemia não é só a responsável por essa triste situação, a crise econômica vem aumentando desde o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff.
O desemprego alcança números históricos e já alcançamos 14% da população e as mulheres têm sido especialmente afetadas com essa crise:
- As mulheres ocupam os principais setores afetados pela pandemia (hotelaria, alimentação, trabalho doméstico);
- Elas possuem taxa de informalidade proporcional superior aos homens de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL);
- Sem creches e escolas, há um grande aumento na demanda de trabalho voltado para o cuidado com as crianças ou idosos, o que gera imensa sobrecarga de trabalho para as mulheres que conseguiram manter seus empregos e enfrentam grandes dificuldades em conciliar duplas ou triplas jornadas de trabalho;
- As mulheres ficaram mais expostas psicologicamente pelos motivos elencados acima;
Os programas de transferência de renda emergencial são muito importantes nesse contexto. São politicas necessárias que beneficiam principalmente as mulheres. Mas esse auxilio não pode vir acompanhado de cortes em políticas públicas estratégicas, como a própria área da saúde, deixando a cargo das famílias a responsabilidade sobre a gestão da crise e ataque aos direitos sociais da população. E é por isso que é tão importante lutarmos para que o benefício volte para a população brasileira e que permaneça até o fim da pandemia.
Do governo genocida o que temos são frases do tipo “Cada família que cuide do seu idoso” escancarando a transferência de responsabilidade do governo federal e não é bem assim. Enquanto o governo joga no ritmo do salve-se quem puder, E não é bem assim, para nós da classe trabalhadora a saída é coletiva porque juntos somos muito mais fortes.
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