MENU

Alcan recomenda que acionistas rejeitem oferta da Alcoa

Publicado: 23 Maio, 2007 - 08h00

Escrito por: CNM CUT

Conselho administrativo diz que valor oferecido está abaixo do preço de mercado

O conselho administrativo da fabricante de alumínio canadense Alcan quebrou seu silêncio nesta terça-feira, ao recomendar a seus acionistas que rejeitem a oferta hostil de US$ 27,45 bilhões feita pela concorrente norte-americana Alcoa para comprar a companhia, classificando-a como inadequada.

'O valor oferecido está bem abaixo do preço de mercado e é bem inferior ao que acreditamos que a companhia valha, disse o presidente e executivo-chefe da Alcan, Dick Evans, ao Wall Street Journal. Ele destacou que o preço da ação está hoje US$ 8 acima do da oferta. Essa é uma boa razão para que ele seja rejeitado de cara.'

A Alcan disse que está explorando todas as opções para defesa, que podem incluir a fusão com outra companhia ou o lançamento de uma contra-oferta de compra à Alcoa.

'Neste momento, nós estamos olhando para todas as alternativas', disse Evans. 'Elas são tanto internas quanto externas. Estamos em negociações constantes com terceiros sobre várias outras transações.'

Alguns analistas sugeriram que uma mineradora maior e com mais caixa, como a Rio Tinto, BHP Billiton ou Xstrata, interessada em expandir seu portfólio de mineração, poderia fazer uma oferta à Alcan, o que a livraria da proposta hostil da Alcoa.

Outros levantaram a hipótese de a Alcan tentar uma contra-oferta à Alcoa (ou uma oferta Pac-Man, como é conhecido um lance desse tipo). Não está claro se a Alcoa irá melhorar sua proposta de US$ 74,70 por ação lançada à Alcan. A Alcoa anunciou sua oferta hostil no último dia 7 e o porta-voz Kevin Lowery disse que as duas companhias não discutiram o assunto desde então.

Evans, da Alcan, acrescentou que há condições que a Alcoa atrelou à oferta que criam incertezas para os acionistas. Além disso, segundo ele, o acordo pode enfrentar obstáculos regulatórios no Canadá, Europa e EUA. As informações são da Dow Jones.

Fonte: O Estado de São Paulo