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Além do vírus e do desemprego, brasileiro pena com a carestia

Segundo o Dieese, para comprar uma cesta básica é preciso trabalhar em média 220 horas, 95 horas e 8 minutos a mais do que em Dezembro

Publicado: 14 Janeiro, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

O fantasma da carestia volta a rondar. Além da pandemia e desemprego acelerado, a população vê minguar seu poder de compra, especialmente dos itens básicos. É o que constata Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), do Dieese, concluída em dezembro.

Os apontamentos indicam que, em 2020, os preços dos alimentos necessários para as refeições de um adulto aumentaram em todas as Capitais. A maior alta ocorreu em Salvador (32,89%). Curitiba registrou a mais baixa: 17,76%. Na Capital paulista, o aumento entre janeiro e dezembro chegou a 24,69%. Em dezembro, a cesta mais cara era a paulistana, que custava R$ 631,36.

Segundo o Dieese, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, no conjunto das Capitais pesquisadas - pra quem recebe salário mínimo e trabalha 220 horas - era de 115 horas e 8 minutos, em dezembro.

O levantamento também informa: "Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, após o desconto à Previdência, se verifica que a pessoa remunerada pelo Piso nacional comprometeu, em dezembro, na média, 56,57% do salário líquido pra comprar os alimentos básicos a um adulto".

*matéria publicada no site do Dieese