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Araquari (SC): metalúrgicos na BMW cruzam os braços para pressionar negociação salarial

Publicado: 16 Setembro, 2015 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Mais de 200 trabalhadores cruzaram os braços para pressionar à montadora alemã Mais de 200 trabalhadores cruzaram os braços para pressionar à montadora alemã
Mais de 200 trabalhadores cruzaram os braços para pressionar a montadora alemã 

Nesta terça-feira (15), os trabalhadores na montadora BMW em Araquari, Santa Catarina, cruzaram os braços para pressionar a negociação salarial. Organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Araquari, com apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville e do Departamento Estadual da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT), os trabalhadores mostraram a multinacional que se não tiver avanços nas negociações haverá greve na fábrica recém instalada no Brasil.

De acordo com Marcondes Frontório, metalúrgico de Jaraguá do Sul e dirigente do Departamento CNM/CUT, a mobilização aconteceu a princípio para reivindicar divisão igual para as PPR (Programa de Participação de Lucros), visto que os trabalhadores não achavam justo alguns ganharem dois mil reais e outros quase 40 mil, porém, quando todos estavam paralisados, começaram a surgir outras pautas, evidenciando o assédio moral e as péssimas condições de trabalho enfrentados pelos trabalhadores da BMW.

Foram duas horas de paralisação que já serviram para adiantar a negociação, mas agora outras pautas relacionadas a condições de trabalho estão sendo complementadas na pauta de reinvindicação, entregue anteriormente à empresa. Caso a multinacional não acate o pedido dos trabalhadores, eles entrarão em estado de greve por tempo indeterminado.

Cleverson de Oliveira, metalúrgico de Joinville e Secretário de Formação da CUT-SC destaca que a BMW não pode fornecer direitos diferentes aos trabalhadores brasileiros do que os trabalhadores alemães. “Nós não vamos permitir que a BMW se instale no Brasil e venha implementar péssimas condições de trabalho. Se eles tem condições de garantir condições dignas aos trabalhadores alemães, eles precisarão garantir também aos brasileiros”, ressaltou o dirigente.

(Fonte: Sílva Medeiros - CUT Santa Catarina)