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Campanha salarial de 2021 termina com aumento real e reposição da inflação para Metalúrgicos de São Leopoldo e região

O presidente Valmir Lodi lembrou a todos os presentes que a luta este ano não foi apenas para a correção salarial, mas também por vacina no braço

Publicado: 21 Julho, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Metalúrgicos de São Leopoldo Metalúrgicos de São Leopoldo
Metalúrgicos de São Leopoldo 

Em assembleia que lotou o saguão do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMME SL), trabalhadores da categoria aprovaram por unanimidade o reajuste de 0,28% nos salários e de 1,30% no piso dos metalúrgicos, durante assembleia presencial de avaliação da contraproposta patronal realizada na noite desta terça-feira (20), na sede da entidade, situada no bairro Morro dos Espelhos, em São Leopoldo.   Dessa forma o salário-base dos metalúrgicos em começo de carreira passa de R$ 1408,00 para R$ 1555,04. O limitador que define o teto da categoria também subiu 16%, chegado à casa dos R$ 6.453,57 para os operários com mais tempo de serviço. Os menores-aprendizes também foram beneficiados na negociação, conquistando um reajuste de 5,22% para todos aqueles que sejam contratados até janeiro de 2022.

Além do aumento real, os trabalhadores mantiveram as cláusulas sociais presentes na última convenção coletiva e conquistaram a reposição integral da inflação do período, fixada em 9,5%, conforme aponta levantamento publicado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEEESE) publicado no início do mês.

“Nada do que pedimos veio da nossa cabeça, tudo é embaso em estatísticas e dados fornecidos pelo Dieese. Nós sabemos que preço do gás aumentou, o da gasolina, do arroz, do  óleo de cozinha, mas os insumos da produção industrial também apresentaram crescimento. A pandemia pegou a todos de surpresa e por isso a negociação não foi fácil. Nossas opções, após extintas as possibilidades de acordo, eram a de aceitar a contraposta construída pela nossa direção, em conjunto com a patronal, ou cruzar os braços, o que não depende da nossa vontade, mas da disposição dos trabalhadores metalúrgicos”, destacou o tesoureiro da entidade, Gerson Mattos, na ocasião.

O presidente Valmir Lodi lembrou a todos os presentes que a luta este ano não foi apenas para a correção salarial, mas também por vacina no braço.

“Os patrões queriam dar apenas 7% de reposição inflacionária, o que não cobriria nem as perdas salariais  do período. No entanto, nós fincamos o pé e não saímos de lá sem o aumento real. Além disso, conquistamos junto à prefeitura e ao empresariado local o direito de vacinação no município de São Leopoldo para todos que trabalham na cidade e não residem nela. Isto é segurança e proteção para que a categoria possa atuar no chão de fábrica sem medo de pegar covid-19, pontuou.

O diretor do sindicato e secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) Loricardo Oliveira enfatizou que a atual conjuntura política impõe desafios maiores para a categoria que vão para além da conquista do dissídio, as também pela manutenção de direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores ao longo das últimas décadas.

Crédito: Divulgação
Metalúrgicos de São Leopoldo Metalúrgicos de São Leopoldo
Metalúrgicos de São Leopoldo 

“ Tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que permite a negociação individual entre patrões e trabalhadores mais jovens, na casa dos 18 e 20 anos de idade. Isso é uma estratégia para desmobilizar a categoria, se aproveitando da mão de obra de quem está chegando agora ao chão de fábrica. Somente a nossa luta pode barrar essa injustiça e nós estamos aqui para lembrar a todos que eles podem contar com o sindicato na defesa de seus direitos”, alertou o dirigente sindical, antes da votação da proposta de acordo coletivo.

Desconto assistencial

O Sindicato os Metalúrgicos depende da contribuição de seus associados para manter suas atividades e, conforme aprovado em assembleia, os descontos assistenciais também serão reajustados, passando de R$ 85,00 em 5 parcelas de R$ 17,00 para quem ganha até R$ 2 mil e R$ 125,00 em 5 parcelas de R$ 25,00 para quem recebe acima de R$ 2 mil. Dúvidas sobre este e outros pontos do novo acordo coletivo vigente podem ser tiradas com a direção do sindicato, durante horário comercial, através do e-mail [email protected].

*Matéria publicada no site do STIMMME SL