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Carreta em Taubaté denuncia os riscos do fechamento da Ford para região

Famílias dos trabalhadores e representantes de outros sindicatos, além de deputados e dirigentes das centrais sindicais, também protestaram em solidariedade à luta pelos empregos

Publicado: 12 Fevereiro, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Sindmetau
Carreata em TaubatéCarreata em Taubaté
Carreata em Taubaté

Os trabalhadores e trabalhadoras na Ford, acompanhados de filhos e familiares, participaram nesta sexta-feira (12) de uma carreata que percorreu as principais ruas e avenidas da região central de Taubaté. O objetivo foi chamar a atenção e denunciar os riscos do fechamento da montadora para a economia da cidade.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o fechamento da Ford terá um impacto anual de mais de R$ 93 milhões em Taubaté, levando em conta apenas a massa salarial dos 830 trabalhadores diretos da montadora.

Cerca de 300 veículos, entre carros e motos, participaram da carreata, que durou cerca de três horas e percorreu 17 ruas e avenidas. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Claudio Batista, o Claudião, o ato atingiu os objetivos.

“Tivemos a participação das famílias e pessoas acenando nas ruas em apoio à nossa luta contra as demissões em massa. Conseguimos sensibilizar a sociedade e isso é fundamental para defendermos os empregos e reverter as demissões”, concluiu.

Famílias dos trabalhadores e representantes de outros sindicatos também protestaram

Claudenice Fonseca participou da mobilização ao lado do marido, que é trabalhador na Ford. Na companhia deles estava a filha do casal, Manu.

“Não somos números, somos pessoas e temos família. Quando anunciaram o fechamento tudo desmoronou. Minha filha de 4 anos chorou de tristeza porque não queria que o pai perdesse o emprego”, disse.

Além de participar das carreatas, André Bezerra, que trabalha há 9 anos na empresa, está presente todos os dias na vigília que já completou um mês. Ele reforça a importância da união da categoria e das mobilizações contra as demissões que afetarão não só a vida dos metalúrgicos, mas de toda a cidade. “Com a luta a gente consegue chegar a algum lugar”, afirmou.

A carreata contou com a presença de representantes de sindicatos e centrais sindicais. Na transmissão do ato ao vivo pelas redes sociais, deputados e dirigentes sindicais também deixaram mensagens de apoio.

Essa foi a segunda carreata contra a decisão da Ford de encerrar as atividades no Brasil. No último dia 29 de janeiro, cerca de 300 veículos foram de Taubaté até a Basílica de Aparecida.

Fuga da Ford

No dia 11 de janeiro, a Ford anunciou que pretende encerrar a produção de veículos no Brasil. A decisão unilateral da montadora põe em risco o futuro de trabalhadores das plantas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE). A saída da empresa do país pode provocar um impacto de mais de 118 mil empregos, entre postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos.

*Matéria publicada no site do Sindmetau