CNM/CUT promove Encontro dos Coletivos Nacionais de Formação e debate pauta inclusiva
Representantes nas lutas das mulheres, juventude, igualdade racial, saúde, lgbtqi+ e relações internacionais na entidade discutem o mundo do trabalho e um mundo melhor e mais justo
Publicado: 19 Maio, 2021 - 00h00
Escrito por: CNM CUT
Os Coletivos de Formação, Igualdade Racial, Juventude, Mulheres e Saúde, LGBTQI+ e Relações Internacionais da CNM-CUT estiveram reunidos entre os dias 12 e 15 de maio para refletirem e construírem ações para que a categoria possa enfrentar as desigualdades estruturais que os assolam. Eles se reunem historicamente e presencialmente duas vezes ao ano, com um público aproximado de 85 dirigentes sindicais de todo Brasil, somado hoje em sete Coletivos (Mulheres, Igualdade Racial, Saúde, Juventude, Formação, LGBTQI+ e Relações Internacionais).
Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, a CNM/CUT segue respeitando o isolamento social, mas está fazendo o uso das ferramentas virtuais para seguir com o seu planejamento e com a organização da luta da classe trabalhadora. Para o presidente da Confederação, Paulo Cayres, o Paulão, é importante a política dos coletivos para a CNM porque trata de uma política inclusiva e ressaltou que, a pesar da pandemia, a CNM/CUT não parou um dia de mobilizar suas Federações e Sindicatos de base estaduais.
Crédito: reprodução |
Paulo Cayres, o Paulão |
Paulo Cayres, o Paulão |
“A nossa pauta é extremamente inclusiva, o que estaria errado em defendermos o combate ao racismo, essa excrecência que temos no Brasil e no mundo? Qual é o problema de nós defendermos o combate ao feminicídio, à homofobia, ao assassinato da nossa juventude? Defendermos a ciência, a saúde, a formação e qualificação dos nossos jovens, no ano do centenário do nosso maior formador que é Paulo Freire?”, afirmou Paulão, que complementou: “Temos que pensar no nosso futuro e nos governos que elegeremos para o nosso futuro. Temos que eleger governos que priorizam a inclusão, que possam nos trazer a eliminação da fome, que valorizam a ciência e incentivaram a vacinação para todos e todas”.
O Encontro dos Coletivos manteve a prática da Mística, resgatando e enaltecendo as raízes, as ideologias e paixões que movem e mobilizam a luta sindical, a luta dos movimentos populares e a defesa da classe trabalhadora. Teve a exibição do Vídeo Performance: “Marcha à ré” – do teatro da vertigem, seguida da leitura do poema “O nome da peste”, de Fernando Cardoso, recitada por Marli Melo, secretária da Mulher da CNM/CUT.
O debate virtual da abertura do encontro foi sobre “Luta popular e projeto de nação: as alternativas históricas da classe trabalhadora” e foi transmitida ao vivo pelo Facebook da CNM/CUT. Participaram do debate o Diretor da Escola de Formação Política do PT e Ex-Ministro-chefe da Secretaria-Geral nos governos Lula e Dilma, Gilberto de Carvalho, e Presidenta da CONTRAF, Juvândia Moreira Leite.
Os representates dos coletivos, Marli, Christiane, Nicolas, Maicon, Ricardo, José Roberto (Bigodinho) e Kelly, fizeram a abertura política do encontro, no dia 12. E o evento foi encerrado com um vídeo do artista Lazzo Matumbi, cantor, compositor e ativista brasileiro, um dos expoentes da música negra baiana oriundo do bloco afro Ilê Aiyê. Uma gravação de Lazzo cantando à canção “14 de Maio”, em referência a abolição incompleta e ao dia 13 de Maio, dia de luta permanente e de denuncia ao racismo.
Abaixo a relatoria completa do encontro:
RELATORIA
ENCONTRO VIRTUAL DOS COLETIVOS NACIONAIS DE FORMAÇÃO, MULHERES, JUVENTUDE, IGUALDADE RACIAL, SAÚDE, LGBTQI+ E RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA CNM/CUT.
DE 12 À 15 DE MAIO DE 2021 – PLATAFORMA DIGITAL
Por compreender a importância das políticas de promoção de igualdade, a CNM/CUT ao longo dos últimos anos vem organizando de forma horizontal, através dos representantes das Federações e Sindicatos metalúrgicos, Coletivos Nacionais que refletem e constroem ações para que nossa categoria possa enfrentar as desigualdades estruturais que assolam mulheres, negros e negras, juventude e a população LGBTQI+. Ações que se baseiam em uma prática de formação libertadora, de defesa da saúde da classe trabalhadora e através de estratégias de solidariedade e organização internacionalista.
Esses coletivos se encontram historicamente e presencialmente duas vezes ao ano, com um público aproximado de 85 dirigentes sindicais de todo Brasil, somado hoje em 7 Coletivos (Mulheres, Igualdade Racial, Saúde, Juventude, Formação, LGBTQI+ e Relações Internacionais). Esses encontros vêm resistindo a muitos desafios, o primeiro decorrente da dificuldade de sustentação financeira que assola todas as instâncias sindicais. Desde 2020 com a crise da Pandemia do Corona Vírus, somada a “gestão da morte” do governo Bolsonaro, que condenou o Brasil a 439.000 mortes até o momento, nos mantemos nessa conjuntura de insegurança, onde é urgente defendermos a vida, a saúde pública, os empregos e a renda da classe trabalhadora. Seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde, a CNM/CUT segue respeitando o isolamento social, mas esta fazendo uso das ferramentas virtuais para seguir com o seu planejamento e com a organização da luta da classe trabalhadora.
Por isso, o Encontro Nacional dos Coletivos da CNM/CUT foi realizado mais uma vez por Videoconferência, entre os dias 12 a 15 de maio de 2021, através da Plataforma Blue jeans, mantendo o seu desenho metodológico original.
- No dia 12/05 (PAUTA COMUM)
Encontro realizado no período da manhã, com todos os coletivos reunidos e com a participação dos (as) Presidentes (as) e Secretários (as) Gerais das Federações e Sindicatos de base estaduais metalúrgicos. Neste dia, a Mesa de debate virtual foi transmitida ao vivo através do Facebook da CNM/CUT para todos (as) seus (suas) seguidores (as).
- Nos dias 13 e 14/05 (ENCONTROS DE FORMA INDIVIDUALIZADA)
Cada Coletivo se reuniu individualmente para construir seus planos de ações.
- 14/05 às 19:00: Sarau virtual
- No dia 15/05 (COMPARTILHAMENTO DOS PLANOS DE AÇÕES E ENCERRAMENTO)
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Dia 12/05/2021 (quarta-feira)
PAUTA COMUM
ABERTURA:
Nicolas, Secretário de Juventude iniciou a atividade recepcionando os/as integrantes dos Coletivos Nacionais; ressaltando a importância de seguirmos nos reunindo, mesmo que nesse contexto virtual. Em diálogo com a audiência do Facebook, Nicolas reforçou que essa é uma atividade interna da Confederação, mas que no entanto, diante desta conjuntura, a CNM optou por compartilhar a mesa de debate para um público maior, transmitindo ao vivo a nossa mesa virtual de debate que da inicio aos trabalho dos coletivos.
“Entendemos que mais do nunca devemos compartilhar conteúdos e saberes que são de interesse da classe trabalhadora”.
Pactuou que ao final das exposições a transmissão ao vivo no Facebook seria encerrada e os possíveis comentários no Facebook seriam considerados em um segundo momento.
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Encontro Coletivos CNM/CUT |
Encontro Coletivos CNM/CUT |
MÍSTICA:
Assim como presencialmente, o Encontro dos Coletivos manteve a prática da Mística, resgatando e enaltecendo as raízes, as ideologias e paixões que movem e mobilizam a luta sindical, a luta dos movimentos populares e a defesa da classe trabalhadora.
Exibição do Vídeo Performance: “Marcha à ré” – do teatro da vertigem; seguida da leitura do poema “O nome da peste”, de Fernando Cardoso, recitada por Marli Melo.
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Encontro Coletivos CNM/CUT |
Encontro Coletivos CNM/CUT |
Poema
“O nome da peste”
A peste está aí para você e para nós
A peste se repete se fortalece
A peste não se esquece
E aperta os seus nós
Dentro dos laços tantos
Enormes braços
Genuflexos
Perplexos
Com a matança dos pretos bantos
A peste se reveste
Se revestiu
E tantos inertes
Que adoecem o Brasil
A peste aí está
Sob um céu de azul anil
Se transmuta
Desnuda, multiplica
A pobreza no Brasil
A peste aí está
Calçando seus coturnos
Ensandecidamente
Rompendo pontes elegendo muros
A peste aí está
Aqui aí, em qualquer lugar,
É teu vizinho que não usa a máscara
É teu patrão que te subtrai o pão
É qualquer rica parteira
De qualquer pobre ilusão
Dizendo sempre: abaixo a corrupção.
E qual seria a nomenclatura
Desta peste que a morte traz
Apologia de tortura e ditadura
Infâmia que subjaz
A peste sendo mãe de toda fome
Que nos consome neste momento raro
E qual o seria o seu nome?
Seu nome é Bolsonaro
A vacina...
Seremos nós...
“Hasta la victoria siempre!”
Fernando Cardoso
ABERTURA POLÍTICA
Inicio da Transmissão ao Vivo
Nicolas mediou esse momento, passando a fala para Paulo Cayres, Presidente da CNM/CUT e em seguida para os (as) Secretários (as) responsáveis pela política de Coletivos das CNM/CUT: Marli, Christiane, Nicolas, Maicon, Ricardo, José Roberto (Bigodinho) e Kelly.
Paulão saudou a todos e todas os (as) participantes, a audiência do Facebook e agradeceu a participação dos (as) palestrantes. Fez uma breve fala sobre a importância da política dos coletivos para a CNM e ressaltou que, a pesar da Pandemia, a CNM não parou um dia de mobilizar seus Sindicatos e que os coletivos são os braços da CNM com as Federações e Sindicatos de base estadual.
Marli (Coletivo de Mulheres): ressaltou a perda de vidas pela ausência de vacina em função de um governo que optou por não comprar vacinas e deixar o país no final da fila; governo que não tem política econômica. Ressaltou que os coletivos são o coração da CNM/CUT. “Fora Bolsonaro!”
Christiane (Coletivo de Igualdade Racial): mencionou a volta do Brasil ao mapa da fome; a necropolítica é a escolha desse governo, relembrou a última chacina de Jacarezinho, no RJ; e reiterou que no Brasil não existe pena de morte, mas a classe trabalhadora moradora de favelas, preta e periférica esta sempre sentenciada.
Renatinho (Coletivo de Formação): Lembrou a importância de atividades como essas para fortalecimento da luta da classe trabalhadora e desejou ótima atividade para todxs;
Maicon (Coletivo de Rel. Internacionais): o Brasil, do ponto de vista internacional, está muito ruim; somos o pária do mundo; repositório das variantes do coronavírus; exterminador do seu povo originário. Finalizou: “Socialismo ou barbárie; pão e terra a todos!”
Kelly (Coletivo LGBT): Agradeceu o compromisso de todas, todos e todes, ressaltou a presença de cerca de 85 dirigentes sindicais metalúrgicos da CUT de todo Brasil e desejou bom encontro.
Nicolas (Coletivo de Juventude): infelizmente seguimos reunidos virtualmente, mas ressalto a importância da realização desse encontro virtual; que saiamos desse encontro mais fortalecidos (as).
Na sequência Nicolas passou a moderação do encontro para Kelly, Secretária de Políticas Sociais da CNM/CUT, que deu inicio a Mesa de Debate Virtual e apresentou os Palestrantes.
Mesa de debate virtual: Luta popular e projeto de nação: as alternativas históricas da classe trabalhadora.
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Kelly no Encontro dos Coletivos |
Kelly no Encontro dos Coletivos |
Debatedores (as):
- Gilberto de Carvalho, Diretor da Escola de Formação Política do PT e Ex-Ministro-chefe da Secretaria-geral nos governos Lula e Dilma;
- Juvândia Moreira Leite, Presidenta da CONTRAF
Gilberto de Carvalho:
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Gilberto de Carvalho - Encontros Coletivos |
Gilberto de Carvalho - Encontros Coletivos |
- Caracterizou o momento político social de dor e de dificuldade de compreensão. Dor pelas mortes agravadas pelo desemprego, fome, violência, sentimento de impotência
- Ressaltou a importância da discussão por onde caminhar;
- Importância da retomada de direitos políticos do Lula que muda a correlação de forças.
- A contradição de impotência e esperança nos faz repensar nossa relação com as massas. Necessidade de tomada de posição corajosa para mudar o que temos que mudar no nosso atuar, sem desconsiderar a força do projeto neoliberal que representa o Bolsonaro;
- Por enquanto Bolsonaro é a única alternativa dos neoliberais, a direita segue apoiando;
- A luta é dura com um novo padrão de violência, Fake News e movimentos de massa e de cooptação de base que foi beneficiada pelos nossos programas que estão controladas pela milícia, trafico e diversos tipos de igreja;
- Bolsonaro foi um instrumento para consolidar a exclusão do PT no poder; foi a legalização do golpe de 2016;
- Perdemos capacidade mobilizadora nas periferias;
- Importância de mudança de governo em 2022;
- Injustiça com Lula de achar que ele é um semideus e que conseguirá implantar, sozinho, um governo capaz de enfrentar a destruição que estamos vivendo;
- Somente faremos as mudanças necessárias se tivermos amplo apoio popular;
- Perdemos a capacidade de termos um povo questionador; mobilizado para apoiar os governos do PT;
- Não adianta ter consenso entre as lideranças, se a nossa massa trabalhadora continua ausente dos debates, sem participação popular;
- Retomar o que fomos capazes de fazer o que fizemos nos anos 1970/1980;
- Plano Primavera indica para a recriação de núcleos de base nas periferias;
- Nós queremos construir o socialismo; não queremos governar um ou dois governos;
- Precisamos ter coragem de repensar nossos métodos e nossa cultura partidária;
- O que aconteceu conosco? Se não recuperamos o poder de encantar as massas não vamos ter condições de ganhar e se ganhar, de implementar nosso projeto;
- As condições de implementar nosso programa vai depender da capacidade de mobilizar e ganhar o apoio consciente. Necessário construir correlação de força e governabilidade institucional com força social;
- Governo pedagogo capaz de criar consciência e não somente consumidores. Não contamos com o povo para nos defender;
- Precisamos unificar nossas forças. Isso está acontecendo através das frentes, com consciência de fazer movimento de mobilização, é necessário ir para ruas.
- Vemos o crescimento da unidade das esquerdas, mas também é preciso implementar a unidade no seio da massa;
- Não adianta unidade na cúpula sem enraizamento no seio do povo;
- A nova primavera é para fazer um enraizamento do partido. A esquerda tem que estar consciente que não vai ser fácil reconquistar a credibilidade do povo. Tem que ser um trabalho estratégico e organizado, planejado;
- Um Projeto de Reconstrução e Transformação do Brasil precisa ser rediscutido com a base. O PT é um partido socialista. Nosso objetivo é revolucionário. Repensar nossa cultura e recuperar a sentido da militância
- Temos razão para ter esperança, mas requer generosidade, criatividade e entrega para a luta revolucionária.
Juvândia Moreira Leite:
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Juvândia no Encontro dos Coletivos |
Juvândia no Encontro dos Coletivos |
- A CUT é uma central classista, autônoma, unitária; de base;
- Nascemos para representar os trabalhadores que estão excluídos do mercado formal de trabalho, inclusive;
- Não muda a realidade somente com negociação coletiva; precisamos ocupar os espaços de poder;
- O Congresso é composto majoritariamente de empresários;
- A CUT surge com princípios ricos e democráticos;
- Estamos vivendo um retrocesso civilizatório;
- Temos de democratizar as nossas estruturas sindicais, mas do país também; afinal, não vivemos a democracia plena no país;
- Sindicalismo livre e autônomo de partidos, mas comprometido com as lutas da classe trabalhadora; sindicalismo de base; que tenha respaldo na base e não de cúpula;
- Ressaltou o processo de financeirização do capitalismo, concentrador de renda e excludente;
- Momento de repensar nossa atuação; nossa organização sindical;
- Temos de manter a unidade de organização, não ajuda a fragmentação das entidades sindicais;
- Prisão do Lula significou que ele representava um questionamento a este poder absoluto da concentração de renda; da elite brasileira;
- Eleições de 2022 não serão tranquilas;
- Devemos garantir a democracia; democratizar nossas estruturas;
- Fortalecer a organização dos trabalhadores a partir dos territórios, além dos locais de trabalho;
- Precisamos abrir nossos sindicatos para a sociedade;
- Criação da IndustriAll Brasil é um passo importante;
- Média de sindicalização caiu bastante; a CUT tem uma média de 20%;
Após as falas dos debatedores (as), Kelly encerrou a transmissão ao vivo no Facebook, agradeceu a audiência e seguiu com o debate no blue jeans, apenas com os (as) dirigentes.
ENCERRAMENTO 1° DIA
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Loricardo no Encontro dos Coletivos |
Loricardo no Encontro dos Coletivos |
Loricardo, Secretário Geral, ressaltou a importância desse encontro, do como avançamos nesse formato virtual, na destreza com o uso das ferramentas e pelo fato de conseguirmos seguir com os planos de ações. Agradeceu a participação e empenho de todos e todas e encorajou os grupos para os encontros individuais
Dias 13 e 14 de maio (quinta e sexta-feira)
Encontros dos Coletivos de forma individualizada – Pautas específicas
Coletivo de Juventude:
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Juventude |
Juventude |
Coletivo de Igualdade Racial:
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Igualdade racial |
Igualdade racial |
Coletivo de Saúde:
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Coletivo de Saúde |
Coletivo de Saúde |
Coletivo de Formação:
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Coletivo de Formação |
Coletivo de Formação |
Coletivo de Relações Internacionais:
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Relações Internacionais |
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Coletivo LGBT:
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Coletivo LGBT |
Coletivo LGBT |
Coletivo de Mulheres:
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Coletivo de Mulheres |
Coletivo de Mulheres |
Sarau virtual, na sexta-feira à noite.
“A arte existe porque a vista não basta!” Ferreira Gullar.
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Sarau Virtual |
Sarau Virtual |