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Coletivos são fundamentais para a democracia e estratégia do movimento sindical

Dirigentes da CNM/CUT e convidados não divergem: é unânime o entendimento de que o papel do coletivo além de democratizar, formular, elaborar, refletir, é central para dialogar com a base.

Publicado: 30 Junho, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Divulgação
Pré-plenária sobre ColetivosPré-plenária sobre Coletivos
Pré-plenária sobre Coletivos

Coletivos de mulheres, formação, combate ao racismo, LGBTQI+, comunicação, saúde, juventude, internacional, entre outros temas, são estratégicos para a ação política do movimento sindical e na defesa dos direitos e da Democracia.

Esta afirmação foi unânime entre representantes de Sindicatos e Federações filiados à Confederação Nacional dos Metalúrgicos e Metalúrgicas da CUT (CNM/CUT) e convidados, que participaram da “Pré-plenária - Importância dos Coletivos” para a entidade, no último dia 24 de junho, das 9h às 12h, pela plataforma Blue Jeans.  

Seguindo a agenda da Plenária Nacional Estatutária, que acontece nos dias 14 e 15 de outubro, a Pré-plenária reuniu quase 100 dirigentes Sindicais da categoria de Minas Gerais, Manaus, Nordeste, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. [Conheça abaixo a agenda das outras pré-plenárias que vão acontecer nos próximos meses]

A Secretária-Geral da CUT, Carmen Foro, e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Aristides Veras dos Santos foram os convidados da atividade, que preparou as deliberações para a Plenária Nacional da CNM/CUT.

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Carmen ForoCarmen Foro
Carmen Foro

Coletivos precisam ter voz

Carmen disse que os coletivos são fundamentais para a estratégia da entidade e dá direção à própria direção. Além disso, segundo ela, eles são importantes para democratizar, formular, elaborar, refletir e central para dialogar com a base..

“Os coletivos compõe a gestão política de uma organização. Se bem trabalhados, ajuda na gestão política como um todo. Nossa luta é uma questão da classe e classe tem jovens, mulheres, negros, negras”, afirmou a dirigente.

Segundo Aristides, nos coletivos os sujeitos têm que ter voz, mas não pode ser desconectada das questões gerais, de classe e “considerar que não podemos compreender as injustiças sociais e reproduzir o preconceito e machismo”.

“Os coletivos são fundamentais para que o debate chegue na base e trazer o debate da realidade para a direção nacional. É uma via de mão dupla. É mecanismo para gestão viva e democrática”, finalizou o dirigente.

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Aristides SantosAristides Santos
Aristides Santos

Construção e atuação dos sindicatos

Grande parte dos representantes dos sindicatos filiados à CNM/CUT está com seus coletivos sendo construídos e outros em processo para iniciar a construção, mas muitos sindicatos atuam com as pautas de políticas afirmativas nas negociações.

Em Manaus, por exemplo, o Sindicato tem conseguido negociar planos de saúde para casais homoafetivos e falta colocar nas convenções: direitos, trabalho repetitivo e insalubre.

Em Feira de Santana na Bahia, a Arcelor Mitall, por exemplo, conseguiram negociar a contratação de trabalhadores LGBTQIA+ e têm cláusulas para contratação de negros. Além disso, na diretoria da Federação dos Metalúrgicos do Nordeste 40% são mulheres, a maioria é negra.

Os 13 sindicatos da base da Federação Estadual da CUT de São Paulo (FEM-SP/CUT) também têm desenvolvido ações extremamente significativas e debatidas em plenárias. “Esse debate fortalece a categoria”, disse a secretária de Mulher da FEM SP, Ceres de Souza Lucena Ronquin.

O presidente da CNM/CUT, Paulo Cayres, disse que o movimento sindical precisa entender que “quando formos escolher nossos diretores e diretoras temos que ver a preocupação deles e delas com esses debates. A CNM nasceu para discutir a indústria, mas não só isso. Somos formados de mulheres, negros e negras e jovens.  Temos que fazer o bom e justo combate”.

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Paulo Cayres, o PaulãoPaulo Cayres, o Paulão
Paulo Cayres, o Paulão

Calendário das Pré Plenárias da CNM/CUT

No próximo dia 29 de julho terá a “Pré Plenária - Indústria e as perspectivas frente à tecnologia 4.0”.

No dia 26 de agosto a “Pré Plenária - Importância das Relações Internacionais para a CNM/CUT” e no dia 30 de setembro a “Pré Plenária - Importância das eleições 2022 para os metalúrgicos e metalúrgicas da CNM/CUT”.