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Começa a luta por reajuste no Rio Grande do Sul

Mesa de negociação deve acontecer em novembro

Publicado: 14 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Pontapé inicial da campanha foi dado no dia 22 de setembro, durante live conduzida pelo presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM-RS), Lírio Segalla; pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Porto Alegre (STIMEPA), João Batista Massena; e pelo secretário de Finanças da FTM-RS, Milton Viario, com participação de metalúrgicos de todo o estado.

Por entender que em março de 2020 vivia-se um momento de inúmeras incertezas, a Federação e sindicatos filiados optaram por garantir os direitos da categoria até 30 de abril, com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) Extraordinária. Findo o prazo, estes direitos foram renovados até 31 de dezembro de 2020 – ou até o fim do Decreto Legislativo 06/2020 – através da CCT Emergencial. E diante do cenário crítico que se estendia, as entidades representativas dos trabalhadores negociaram a renovação das cláusulas sociais da CCT 2020 até abril de 2021, adiando a negociação das cláusulas econômicas para novembro próximo.

Na avaliação do secretário de Finanças da FTM-RS, Milton Viario, essa soma de esforços garantiu muitos postos de trabalho, fazendo com que impacto do desemprego na categoria fosse menor que no geral. Os sindicatos empreenderam ainda ações pautadas pelo tripé: proteção à saúde do trabalhador e seus familiares, manutenção do emprego e garantia da máxima remuneração possível.

Agora é hora de cuidar dos salários

Para Segalla os trabalhadores já contribuíram e agora é hora de terem o retorno dos patrões. “Já fizemos a nossa cota de sacrifício ao termos os salários e jornadas reduzidos ou os contratos suspensos”, observa. O presidente da FTM-RS salienta que uma negociação é feita de reciprocidade e que há empresas lucrando, mesmo neste cenário de pandemia. Como exemplo, ele cita o setor de máquinas agrícolas que não paralisou as atividades e ainda manteve a produção em alta.

O presidente do STIMEPA, João Batista Massena, vê uma mudança positiva no cenário, com empresas retomando a produção e recontratando funcionários, o que indica um bom momento para negociar o reajuste que, em um contexto normal, deveria ter sido dado em maio. “Agora é hora de virar esse jogo e para isso precisamos organizar a nossa luta e mostrar a nossa força. Não é o Sindicato que dá reajuste para o trabalhador, mas os trabalhadores que conquistam”, ressalta.

*matéria publicada no site do STIMEPA