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Contratações: FEM/CUT debate priorizar metalúrgicos vacinados

O direito coletivo pela preservação da saúde e da vida frente à pandemia da Covid-19 é um dos eixos debatidos pela Federação com as bancadas patronais nas negociações; inflação de agosto sai no dia 9 de setembro

Publicado: 18 Agosto, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Foguinho/Smetal
CarpinhaCarpinha
Carpinha

Enquanto a inflação do mês de agosto não é divulgada, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP) e os sindicatos filiados seguem com as negociações nas bancadas patronais sobre os eixos definidos pela categoria para a Campanha Salarial de 2021. Entre eles, a preservação da saúde e da vida frente à pandemia da Covid-19.

Nesse sentido, a Federação tem debatido com os grupos patronais sobre a inclusão de uma cláusula prevendo que, a partir de janeiro, as empresas deem prioridade para pessoas vacinadas nas contratações. “Houve bastante avanço sobre esse tema, especialmente no Grupo 3,  no sentido de que o direito coletivo está acima do individual e precisamos pensar na saúde e na vida de todos os trabalhadores”, enfatiza o secretário de administração da FEM/CUT, Adilson Faustino (Carpinha), que também é dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal).

A pauta deste ano inclui ainda a valorização dos acordos coletivos e uma política industrial com nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos, para geração de empregos. Recentemente, foram realizadas reuniões com os representantes do Grupo 3, Grupo 8.3 e Fundição. Nesta semana, os dirigentes da FEM/CUT-SP se reúnem com os patrões da Fundição.

Carpinha lembra que, neste ano, como alguns grupos patronais fecharam as cláusulas sociais por dois anos (com vigência até 2022), mas que, caso haja a inclusão de novas cláusulas com base nos eixos da Campanha Salarial, elas poderão ser feitas a partir de aditamento, junto com as cláusulas econômicas.

Nos grupos Fundição; G2 (de máquinas/equipamentos elétricos e eletroeletrônicos); G3 (de autopeças, peças, parafusos e forjarias); Sindicel (de condutores elétricos, trefilação e laminação de metais não ferrosos); Sindratar (de refrigeração, aquecimento e tratamento de ar) e Sindifupi (funilaria e pintura), há Convenção Coletiva de Trabalho por dois anos e a negociação é focada nos eixos e nas cláusulas econômicas, como reajuste salarial e piso.

Já no setor Aeroespacial (de construção de aeronaves, equipamentos gerais aeroespaciais e aeropeças); Estamparia de metais; G8.2 (de trefilação e laminação de metais ferrosos / esquadrias e construções metálicas); G8.3 (de ferros, metais e ferramentas / artefatos de metais não ferrosos / equipamentos ferroviários e rodoviários) e G10 (formado predominantemente por pequenas e micro empresas de manutenção industriais; mecânica; material bélico; entre outros), a Federação e os sindicato vão negociação tanto as cláusulas sociais como as econômicas.

Reajuste salarial

Um aumento salarial que restabeleça o poder de compra dos metalúrgicos e metalúrgicas foi outro eixo que aprovado pela categoria e que faz parte da pauta apresentada pela Federação às bancadas patronais. Até o momento, faltando apenas o INPC do mês de agosto, o total de perdas da categoria com a inflação está acumulado em 9,46%. O índice de agosto será divulgado pelo IBGE no dia 9 de setembro.

“Somente depois de sair esse índice é que começamos a tratar de valores nas mesas de negociações. Mas o que sentimos até agora é que não será uma luta fácil, muito pelo contrário. Se quisermos um reajuste justo, que realmente devolva o poder de compra à categoria, precisamos mostrar aos patrões que estamos mobilizados e unidos desde já”, enfatiza Carpinha.

Em 2021, o tema é “Campanha Salarial É +, + salário, + vacina, + emprego, + direitos, + unidade” e as negociações abrangem cerca de 194 mil metalúrgicos de todo o Estado de SP.

*Matéria publicada no site do Smetal