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Demanda por exportação antecipa retorno de trabalhadores em Taubaté

Dirigentes do CSE e integrantes do SUR vão intensificar a fiscalização das medidas protetivas na empresa

Publicado: 17 Julho, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Os trabalhadores da Volkswagen (VW) Taubaté que estão em layoff retornam para a produção na empresa no próximo dia 27. A decisão foi anunciada pela direção da VW em função da demanda por exportações e do mercado corporativo interno. O processo de layoff começou no dia 25 de maio para 1.300 trabalhadores.

O acordo estabelecia que a empresa poderia antecipar o término do layoff, previsto para durar de 2 a 5 meses. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau), Cláudio Batista, o Claudião, esse retorno vai exigir muito cuidado.

“Temos que ser cautelosos. Afinal, a pandemia não terminou. Então, nossa missão, como representantes dos trabalhadores, será redobrar a atenção com as medidas protetivas dentro da empresa”, disse Claudião, que não descartou a possibilidade de ampliar essas medidas para garantir a segurança e a saúde dos metalúrgicos na montadora.

Claudião frisou que, por conta da pandemia da Covid-19, o mercado ainda é inconsistente. “Por isso, a responsabilidade dos trabalhadores, da empresa e do Sindicato é muito grande. Estamos falando de vidas, que é o mais importante neste momento.”

Preservação da vida e dos empregos

O layoff foi adotado na VW para preservar empregos, renda e saúde dos trabalhadores na fábrica de Taubaté. A medida foi aplicada por conta da queda do mercado, provocada pela pandemia de coronavírus.

Com isso, 1.300 trabalhadores tiveram o contrato de trabalho temporariamente suspenso, mantendo uma remuneração de cerca de 95% do salário líquido. Essa é uma ferramenta de flexibilização prevista no acordo coletivo de trabalho da fábrica. Os funcionários em layoff participam de um curso de qualificação online oferecido pela empresa e Senai.

Além de preservar os empregos, a suspensão dos contratos buscou resguardar a saúde dos trabalhadores. Os funcionários do grupo de risco, por exemplo, foram incluídos no layoff. A medida visou ainda reduzir a circulação de pessoas na fábrica.

O layoff foi a segunda ferramenta de flexibilização colocada em prática na VW por conta da pandemia do novo coronavírus. No dia 20 de abril, os trabalhadores aprovaram um acordo para redução de 30% da jornada nos meses de maio, junho e julho.