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Depois da greve, metalúrgicos no Espírito Santo conquistam reajuste no salário e na alimentação

“Esses avanços são extremamente importantes, especialmente por serem conquistados em um momento em que a classe trabalhadora, de modo geral, vem sofrendo uma série de ataques e de perdas de direitos. Eles reafirmam a força da categoria e a grandeza do nosso Sindicato que, mais uma vez, se mostrou forte e resistente.”, avalia o diretor do Sindimetal-ES, Roberto Pereira

Publicado: 13 Agosto, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Edson Rimonatto (Rima)
Divulgação Divulgação
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Após uma greve de três dias, com mais de 90% de adesão, as empresas cederam às reivindicações dos metalúrgicos e metalúrgicas , a partir de 01 de setembro, e todos os trabalhadores abrangidos pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Espirito Santo (Sindimetal-ES), que prestam serviços no Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), terão 14% de reajuste nos salários e 17,5% de reajuste no valor do cartão alimentação, além de abonados todos os dias parados.

A conquista, claro, somente foi possível graças a pressão feita dos trabalhadores, que não titubearam em lutar por melhorias.

A experiência do Sindimetal-ES, que além de conduzir a paralisação dos metalúrgicos, mostrou coragem e firmeza na mesa de negociação com os empresários, mesmo diante do cenário adverso, conseguindo fechar o acordo com apenas 3 dias de greve e com dois meses de antecedência para o início da negociação salarial.

“Esses avanços são extremamente importantes, especialmente por serem conquistados em um momento em que a classe trabalhadora, de modo geral, vem sofrendo uma série de ataques e de perdas de direitos. Eles reafirmam a força da categoria e a grandeza do nosso Sindicato que, mais uma vez, se mostrou forte e resistente.”, avalia o diretor do Sindimetal-ES, Roberto Pereira.  

Os reajustes são a título de antecipação da negociação salarial da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), prevista para acontecer nos próximos dias. Entretanto, caso os reajustes conquistados na negociação da CCT sejam maiores que os garantidos agora, as empresas deverão aplicar a diferença, respeitando o que for fechado na negociação salarial. Se o reajuste for menor, ficarão mantidos os índices acima informados.

Vale ressaltar que os companheiros que atuam na função de soldadores que soldam dois e três processos e que já tiveram o piso elevado para R$ 2.800,00 recentemente não terão reajuste nos salários em setembro, mas já está garantido a esses trabalhadores o reajuste mínimo de 9% nos salários a partir de novembro.

Com a conquista, os metalúrgicos encerram a greve e retornaram ao trabalho na quinta-feira, 12.

*Matéria publicada no site do Sindimetal-ES