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Em visita a Delga, Lula conversa com trabalhadores sobre desenvolvimento e futuro do país

“No meu tempo, a indústria representava 30% do crescimento do PIB brasileiro. Hoje representa apenas 11%”, afirmou o ex-presidente durante a visita”

Publicado: 01 Outubro, 2021 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
Lula no ABCLula no ABC
Lula no ABC

Na manhã desta sexta-feira, dia 1, o ex-presidente Lula visitou, acompanhado de dirigentes do Sindicato, a autopeças Delga, em Diadema. Lula conheceu as instalações da fábrica e conversou com os trabalhadores sobre desenvolvimento industrial, geração de emprego e renda.

“Entrei no movimento sindical em 1969. Vivi nos anos 80 o melhor momento da luta da classe trabalhadora. Hoje estamos em um momento muito diferente. No meu tempo, a indústria representava 30% do crescimento do PIB brasileiro. Hoje representa apenas 11%”, afirmou o ex-presidente durante a visita.

“Sempre que visito uma fábrica fico pensando: como um país pode querer se desenvolver se ele não fortalece o investimento na indústria? Tudo está sendo desmontado nesse país. Que emprego a gente gera hoje no Brasil? Aplicativos em que o trabalhador não nenhum direito. Não tem sábado, não tem domingo. Se ficar doente que se vire, não tem férias, nem seguridade social”, prosseguiu.

Lula apontou ainda que empresas como a Delga, que utilizam quase 100% em conteúdo nacional, é a prova de que outro Brasil é possível.

“A gente não pode desanimar nunca. Eu fico com a frase da minha mãe que é uma coisa sagrada para mim. Se hoje não tem, amanhã vai ter. Somos maioria e vamos reconstruir o país que a gente quer”, destacou. 

O vice-presidente do Sindicato e CSE na Delga, Claudionor Vieira, disse aos companheiros de fábrica que o Brasil passa por um de seus momentos mais difíceis, no qual as pessoas estão morrendo de fome.

“Não dá para estarmos contentes com o país que temos hoje, onde 15 milhões de pessoas estão desempregadas e mais de cem milhões não consegue se alimentar. Não podemos perder a esperança, porque quando isto acontece a vida perde o sentido”,prosseguiu.

“Sentimos falta e precisamos de projetos que fortaleçam a indústria nacional com desenvolvimento econômico, distribuição de renda e pleno emprego”, falou o dirigente.

O presidente do Sindicato, Wagner Santana, o Wagnão, lembrou também aos trabalhadores a importância de integrar a mobilização que acontece amanhã (2) na Avenida Paulista, em frente ao Masp.

“Precisamos mostrar nossa indignação e dizer um basta a esse governo que joga os trabalhadores nos faróis pedindo moeda, em situação de risco de vida. São essas questões que nos une e precisam estar presentes nos atos deste fim de semana pelo #ForaBolsonaro. Chega de passarmos vergonho mundo a fora”, concluiu Wagnão.

*Matéria publicada no site do SMABC