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Encontro do Segmento Automotivo da CNM/CUT debate desafios da recuperação

Além da falta de uma política industrial, o encontro tratou da proposta de renovação da frota de veículos pesados e de políticas de fortalecimento do setor.

Publicado: 22 Setembro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
Encontro do segmento automotivo da CNM/CUT Encontro do segmento automotivo da CNM/CUT
Encontro do segmento automotivo da CNM/CUT 

Dirigentes de todo o país participaram do Encontro do Segmento Automotivo da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT), realizado por videoconferência nos dias 16 e 17.

O coordenador do Segmento Automotivo e secretário de Formação da CNM/CUT, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, explicou que as discussões se concentraram nos desafios para a recuperação do setor no Brasil.

“Estamos sem política industrial nenhuma no país, o que dificulta qualquer proposta de desenvolvimento. O Rota 2030 ficou muito aquém do que deveria ser, não atendeu as necessidades dos trabalhadores, não incluiu a exigência de conteúdo nacional, não gerou empregos nem investimentos. Também não controla a entrada de veículos importados e as montadoras deixam de ter o compromisso de produzir aqui no Brasil”, afirmou.

Além da falta de uma política industrial, o encontro tratou da proposta de renovação da frota de veículos pesados e de políticas de fortalecimento do setor.

Outra discussão foi a mudança de perfil da indústria, com montadoras deixando de ser apenas fabricantes de veículos, mas também provedoras de mobilidade urbana.

“Um grande debate é o uso de carro compartilhado, que deu uma esfriada na pandemia, mas que deve voltar em breve. Os trabalhadores precisam ter propostas e estarem inseridos nas discussões, na defesa de uma indústria nacional forte, com empregos de qualidade e renda”, destacou.

Entre os encaminhamentos está a busca por maior interlocução com entidades de desenvolvimento e universidades.

“A defesa de uma política industrial tem que ser conjunta. As universidades não podem estar descoladas do mercado, por exemplo, os grandes laboratórios podem ser usados não só para o ensino, mas para tornar a indústria local mais competitiva”, defendeu.

*matéria publicada no site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC