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Estudo do Dieese mostra que ramo metalúrgico emprega 36.500 trabalhadores com deficiência

Levantamento foi apresentado em reunião da Secretaria de Políticas Sociais da CNM e mostra situação por estado, setor e tipo de deficiência.

Publicado: 13 Agosto, 2013 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: divulgação
Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT, com os responsáveis pelo temaPaulo Cayres, presidente da CNM/CUT, com os responsáveis pelo tema
Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT, com os responsáveis pelo tema


O ramo metalúrgico emprega 36.500 metalúrgicos com deficiência no país. É o que mostra estudo elaborado pela Subseção do Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT). Proporcionalmente, as fábricas localizadas no estado do Amazonas são as que mais contratam trabalhadores com deficiência, com 2,19%. Além do Amazonas, as empresas metalúrgicas dos estados do Rio Grande do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Ceará, São Paulo, Bahia, Pernambuco são as que estão acima da média nacional na contratação de trabalhadores com deficiência. O estudo foi feito com dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2011.

Os dados foram apresentados na última quinta-feira (8), em reunião da Secretaria de Políticas Sociais da CNM/CUT com dirigentes sindicais de base responsáveis por ações em relação às pessoas com deficiência. Além de mostrar o perfil do trabalhador metalúrgico com deficiência no Brasil, no encontro foi discutido o cumprimento da lei de cotas 8.213, que prevê que empresas que tenham mais de 100 funcionários contratem de 2 a 5% de pessoas com deficiência.

A reunião contou com a participação do secretário de Políticas Sociais da CNM/CUT, Flávio José Fontana de Souza, de Ailton da Silva e Nelson Gonçalves, do Sindicato de Sorocaba, Sebastião de Souza e Flávio Henrique, do Sindicato do ABC, e Valter Luiz, do Sindicato de Salto e coordenador do coletivo de Pessoas com Deficiência da CUT/SP.

Além de discutir mecanismos para que a lei de cotas seja cumprida pelas empresas, os participantes resolveram convocar nova reunião para o dia 23 de outubro, convidando os responsáveis pelo tema nas federações estaduais e interestaduais de metalúrgicos cutistas.  O objetivo é o de construir o Coletivo Nacional de Metalúrgicos com Deficiência, para que sejam articuladas ações nacionais focadas no tema.

Subsídio
“O estudo do Dieese é um ótimo subsídio para mapearmos onde trabalham os metalúrgicos com deficiência e nos dá a possibilidade também de debater ações específicas por estado e setor”, disse o secretário de Políticas Sociais da CNM/CUT.

Segundo o levantamento, em 2011, 1,52% dos metalúrgicos possuíam algum tipo de deficiência. Entre as mulheres o percentual é superior, atingindo 1,60% das metalúrgicas. Os tipos mais presentes de deficiência são as físicas e auditivas, sendo que a primeira atinge 0,62% do total de metalúrgicos e metalúrgicas, e a segunda, 0,58%. Em números absolutos, no total quase 15.000 têm deficiência física e 14.000 deficiência auditiva.

Entre os setores, o aeroespacial é o que emprega maior porcentagem de trabalhadores com deficiência, 3,07%, enquanto o naval fica com o menor percentual, apenas 0,76%. O setor de “outros materiais de transporte” tem o maior percentual de trabalhadores com deficiência física, 0,85%, e também o de trabalhadores com deficiência auditiva, junto com o setor eletroeletrônico, 0,10%. O setor automotivo possui a maior participação de trabalhadores com deficiência mental (0,10%) e de reabilitados (0,34%).

Na reunião, os participantes destacaram a taxa de trabalhadores reabilitados, de quase 4.500 trabalhadores. O número mostra que na prática as empresas acabam contratando os trabalhadores lesionados por elas mesmas. Além disso, a maior incidência de deficiências físicas e auditivas se deve ao fato das empresas optarem por contratar trabalhadores com deficiências que consideram “mais leves”.

Veja o estudo completo aqui.

Crédito: DIEESE
Relação de Trabalhadores com DeficiênciaRelação de Trabalhadores com Deficiência
Relação de Trabalhadores com Deficiência

 

(Fonte: Yolanda Moretto – assessoria de imprensa da CNM/CUT)