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“Falta humanidade das bancadas patronais na Campanha Salarial”, diz dirigente da FEM/CUT

São trabalhadores que precisam garantir o sustento das suas famílias e a dignidade, ressalta Adilson

Publicado: 01 Setembro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Adonis Guerra
Dirigente da FEM/CUTDirigente da FEM/CUT
Dirigente da FEM/CUT

Os dirigentes dos 14 sindicatos que compõem a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT discutiram os encaminhamentos da Campanha Salarial na semana passada e o secretário de Finanças da FEM/CUT e metalúrgico de Sorocaba, Adilson Faustino, o Carpinha, avaliou as negociações até o momento e disse que o que está faltando nos patrões é humanidade.

“A principal bandeira deste ano é a defesa da vida e dos empregos dos trabalhadores. Temos reforçado muito a necessidade da cláusula da estabilidade, só teremos condições de lutar e reivindicar se estivermos bem de saúde e com vida. As negociações estão muito truncadas, com muita resistência. Falta sensibilidade e humanidade das bancadas patronais ao não reconhecer a importância da cláusula da estabilidade”, afirmou.

Segundo ele, falta valorização do setor patronal com a categoria, não querem reconhecer que a garantia de emprego cria um fator motivacional, um ambiente positivo e com segurança maior aos trabalhadores, que estão vendendo a sua mão de obra e se arriscando para enfrentar a Covid-19. São trabalhadores que precisam garantir o sustento das suas famílias e a dignidade, ressalta.

“A unidade dos trabalhadores é fundamental para destravar as negociações e que a gente consiga sair dessa inércia, convocar a categoria para a tomada de decisões. Temos que construir formas de valorizar os companheiros e as companheiras no Estado de São Paulo”, ressaltou.

O dirigente analisou o cenário das negociações, que a pandemia só agravou. “O país já estava em frangalhos na questão econômica, a pandemia fez com que essa fragilidade e o fracasso das políticas econômicas desse governo fascista viessem à tona.  O governo massacra direitos e não resolve o problema. O crédito precisa chegar para financiamento do setor produtivo, com garantia de emprego para o povo ter condições de consumir e fazer a economia girar”, defendeu.

Eixos

Este ano, a Data-Base negociada pela FEM/CUT está focada na exigência de melhores condições de saúde e segurança e garantia de emprego. O tema é “Companheir@s! Tamo junto pela vida, emprego e renda”.

Os eixos são: por melhores condições de saúde e segurança; por melhores condições sanitárias e de higiene; aumento salarial; pela manutenção de todos os direitos; pela nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos; defesa urgente de um projeto de reindustrialização do país.

*matéria publicada no site do SMABC