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Federações sindicais internacionais lançam campanha regional: Público em mãos públicas

As federações sindicais internacionais lançaram uma campanha nas Américas para organizar sindicatos na região em defesa de empregos decentes, negócios de qualidade e serviços públicos

Publicado: 13 Outubro, 2020 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: Industriall
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No âmbito do Dia Mundial do Trabalho Decente, a Confederação Sindical dos Trabalhadores das Américas (CSA), ISP, UNI, Sindicato Global IndustriALL, ITF, ICM, IE e o Comitê Brasileiro de Defesa das Empresas Públicas desenvolveram um fórum regional com modalidade online para lançamento de campanha unificada, no dia 7 de outubro.

Durante o encontro apresentaram um comunicado conjunto onde destacaram a decisão de trabalhar como um movimento sindical unificado para "defender que o que é público é de todos", principalmente em tempos de crise, onde se torna necessário promover o desenvolvimento sustentável para garantir a qualidade de vida de todos. a população.

O presidente da Unión sindical obrera (USO, filiada ao IndustriALL na Colômbia), Edwin Palma, disse durante o fórum:

“O neoliberalismo nos venceu na batalha ideológica quando se trata de público. Entende-se que o que é público não é bom para ninguém e, portanto, passível de apropriação privada. Devemos construir uma narrativa diferente, que nos leve a transmitir a todos os cidadãos que os bens públicos são de todos. Devemos construir grandes coalizões para defendê-lo. "

No encontro, destacaram que a crise global gerada pela pandemia Covid-19 evidenciou as inadequações do atual modelo de Estado e da política econômica global, visto que aumentaram as desigualdades e a falta de acesso a serviços públicos de qualidade.

Portanto, o objetivo das federações é reforçar a importância das empresas e dos serviços públicos tanto para a população quanto para o desenvolvimento dos países pós-pandêmicos. Eles afirmam que ajudam a configurar estados mais democráticos com igual acesso aos serviços essenciais para seus cidadãos.

Da mesma forma, indicaram que é prioritário promover políticas de geração de empregos decentes, que contribuam para uma transição justa onde os direitos trabalhistas e ambientais sejam respeitados. Para tanto, consideram imprescindível a construção de um novo contrato social global, onde o Estado e as políticas públicas desempenhem um papel central em prol da população excluída do atual modelo político-econômico.

Além da participação de representantes de cada uma das federações internacionais, o encontro reuniu palestrantes do Instituto Transnacional, da Caixa Econômica Federal, do ex-governo do Uruguai e da Oxfam Internacional. Os palestrantes fizeram apresentações sobre como financiar empresas e serviços públicos, sobre experiências práticas de empresas públicas e a importância do papel do Estado e dos sindicatos.

A chefe da justiça tributária da Oxfam International, Susana Ruiz Rodríguez disse:

“A crise não pode ser paga como de costume. É fundamental que sejam tomadas decisões públicas que permitam que as decisões sejam reorientadas e focadas de forma diferente, se queremos fortalecer o papel do Estado e das políticas públicas”.

*matéria publicada no site doa Industriall