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FEM-CUT/MG: desafios e esperança pautam debate da plenária de Campanha Salarial

Publicado: 04 Julho, 2018 - 00h00

Escrito por: CNM CUT

Crédito: FEM-CUT/MG
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Esperança. Essa foi a palavra mais usada durante a VII Plenária da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT de Minas Gerais, que teve o tema: “Lula Livre” e foi realizada no último sábado (30), na Escola Sindical 7 de Outubro.

A análise de conjuntura apresentada pelo cientista político Juares Guimarães, pela presidenta da CUT Minas, Beatriz Cerqueira, e pelo presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, coloca o grande desafio para os dirigentes sindicais de reorganizar a base, para conquistar novos direitos e a valorização dos metalúrgicos, e eleger o Lula presidente do Brasil.

“Não podemos resistir sem esperança. Temos que lutar de cabeça erguida para reestabelecer a soberania nacional e refundar os direitos da classe trabalhadora, das mulheres e dos negros”, disse Juarez.

“Cada dirigente tem que assumir sua responsabilidade de denunciar em todos os lugares o que o golpe está causando na classe trabalhadora, não podemos esperar que somente a CUT ou a Confederação façam. A nossa omissão pode ser cruel para nossos filhos e netos”, alertou Cayres.

“Nossa tarefa é disputar a esperança das pessoas. Debater e dizer que outra forma de governar o país é possível e tudo que está acontecendo não é normal”, declarou Beatriz.

Campanha salarial
Será no cenário de elevado número de pessoas desempregadas, redução no investimento público, direitos sendo reduzidos com o pleno funcionamento da reforma trabalhista, enfraquecimento do movimento sindical e o processo eleitoral para presidente, governadores, deputados e senadores que os dirigentes sindicais vão iniciar a campanha salarial 2018/2019 dos metalúrgicos de Minas.

“Diagnosticar e entender a conjuntura política e econômica é fundamental para construir a melhor estratégia de enfrentamento e resistência durante as rodadas de negociações com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG)”, lembrou Marco Antônio, presidente da FEM.

Fernando Duarte, técnico do Dieese, disse que a campanha salarial será num cenário de elevação da inflação. De acordo com ele, apesar de lenta, o seguimento industrial dá sinais de recuperação, o que deve ser explorado durante a campanha salarial.

“O delicado momento que a classe trabalhadora atravessa, implantado pela política de arrocho sobre a classe operária, torna urgente a participação dos metalúrgicos (as) junto com os sindicatos na luta e defesa dos nossos direitos e por melhores condições de vida. Virar as costas para o sindicato é entregar seu futuro nas mãos do patrão”, alertou Valgas, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de BH/Contagem.

A VII Plenária da FEM reuniu presidentes e representantes dos sindicatos dos metalúrgicos de Alfenas, BH/Contagem, Cambuí, Extrema, João Monlevade, Juiz de Fora, Matozinhos, Pouso Alegre, Santa Luzia, Timóteo, Varginha e Vespasiano.

A pré-pauta da campanha salarial, construída durante a VII Plenária, será apresentada aos metalúrgicos de todo o Estado, através de assembleia, para apreciação e possíveis modificações.

(Fonte: FEM-CUT/MG)